Uma das séries adolescentes de maior sucesso do fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, Buffy: A Caça-Vampiros é conhecida por exalar o poder feminino com sua protagonista, muito por ter Dolly Parton por trás de sua produção.
O programa que tinha como estrela principal Sarah Michelle Gellar, foi produzido pela Sandollar Productions, informação que era vista em seus créditos, mas o que ninguém sabia, pois não era creditado, é que a cantora country era uma das proprietárias da produtora.
Parton não só era sócia de sua amiga e ex-empresária, Sandy Gallin na Sandollar, como também embora nunca tenha sido creditada, era uma das produtoras executivas da série, que nunca teria ido ao ar se não fosse por ela e sua produtora.
Acontece que a Sandollar era proprietária dos direitos cinematográficos de Buffy: A Caça-Vampiros e foi a responsável pelo filme lançado em 1992, que contou com roteiro escrito por Joss Whedon, que odiou o resultado final.
Gail Berman, que trabalhou como produtora na Sandollar, havia lido o roteiro de Whedon antes da estreia do filme, e disse a ele que poderia se tornar um bom programa de televisão, envolvendo as proprietárias da produtora no projeto.
“Tive a ideia de potencialmente fazer isso como uma série sindicalizada porque não parecia que alguém estava interessado em pegar a ideia para este programa como uma série regular. Eventualmente, Sandy Gallin e Dolly Parton em seus papéis na Sandollar Productions se envolveram porque Sandollar tinha feito o filme com Fran Kazui”, Berman contou anteriormente em entrevista à revista americana The Hollywood Reporter.
Machismo na indústria
Enquanto a produtora de Parton e Galin teve muito lucro com Buffy: A Caça-Vampiros, Berman sofria com o machismo da indústria cinematográfica, recebendo menos royalties do que seus colegas homens como pagamento por todo seu trabalho.
Durante um almoço com Dolly Parton, Berman acabou desabafando sobre o assunto e a cantora reagiu se dizendo extremamente decepcionada com a injustiça e assinando um cheque e dando a produtora, cobrindo a diferença entre o pagamento dela e dos homens da produção.
Sempre um grande ícone do poder feminino
A atitude de Dolly Parton quanto a injustiça que Berman passou não é nada surpreendente para quem acompanha a carreira dela como cantora e atriz.
Desde o início ela já lutava contra a desigualdade de gênero, que, inclusive é tema de seu primeiro filme, Como Eliminar seu Chefe (1980).
“[Esse filme] fez muito bem, mas evidentemente não fez bem o suficiente porque sempre teremos os mesmos problemas no local de trabalho com mulheres e homens. Eu ainda acredito que as mulheres devem receber igual e devem ser tratadas com respeito”, Parton salientou em uma antiga entrevista para a ABC News.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.