Após comemorar sua vitória contra um câncer pulmonar, a estrela Kathy Griffin chocou o mundo ao admitir que ela quase morreu antes mesmo de descobrir sua doença, por decisão sua, devido uma depressão severa causada pela cultura do cancelamento.
Durante uma entrevista recente ao talk show americano The View, a atriz falou sobre sua luta contra um câncer de pulmão diagnosticado em agosto deste ano, do qual ela se livrou após uma bem-sucedida cirurgia.
Ela aproveitou a oportunidade para desabafar sobre sua maior batalha, a que ela travou nos últimos anos contra a depressão, agravada após ela ter se tornado mais uma vítima da cultura do cancelamento em 2017.
“Em junho de 2020, tentei tirar minha própria vida. Algumas coisas, número um, eu só quero te dizer que eu tinha caído sob o feitiço de um vício em comprimidos. Eu estava ficando muito, muito viciada em pílulas prescritas. Comecei a abusar delas talvez alguns anos antes da coisa do Trump”, ela começou contando.
Em seguida Griffin explicou como os ataques sofridos devido seu cancelamento a afetaram de uma maneira realmente brutal e profunda, a ponto de fazer com que ela concluísse que não deveria mais viver.
“Eu vou dizer, esse incidente foi muito mais assustador do que o câncer, para mim. Para sentir que o mundo inteiro te odeia, o mundo inteiro acha que você é nojento e irrelevante? Uma vez que isso aconteceu, e francamente, durante a quarentena, eu comecei a tomar pílulas o dia todo, eu passei a ter esse pensamento na minha cabeça, como: Você não deveria estar mais aqui. Você teve uma boa corrida, é hora de você ir”, ela lembrou.
A situação toda levou a comediante a decidir que ela não era merecedora de nada mais, nem do amor de seu marido, que ela dispensou, dizendo a ele, por um bilhete, que deveria encontrar alguém melhor para amar.
“Eu tinha essa fantasia de que meu marido encontraria alguém que fosse maravilhoso, mais apropriado para ele. Eu escrevi-lhe toda esta nota. E então eu tomei cerca de cem comprimidos. Foi realmente muito”, ela relembrou do momento em que tentou tirar a própria vida.
Ela concluiu seu desabafo acrescentando como é bom poder falar sobre o assunto agora, e destacando que quando ela era jovem, falar sobre vícios e depressão era um “suicídio profissional”, apesar da facilidade como se conseguia comprimidos naquela época.
“Eu vou dizer, uma das razões pelas quais eu estou falando com você é: eu tenho 61 anos, e eu sou de uma época em que você não podia falar sobre essas coisas. Você fala sobre vício e não tem trabalho de novo, ou não é assegurado. Antigamente, eles te davam 90 Vicodin como se não fosse nada”, ela disse.
Após a sua tentativa de suicídio Kathy Griffin foi levada para um hospital no qual os médicos conseguiram salvar sua vida e a colocaram em isolamento psicológico durante três dias, para que ela se recuperasse totalmente.
“Então eu tenho mais em comum com Britney e Kanye!”, a atriz brincou, demostrando um bom humor e alegria de quem venceu também a depressão.
O cancelamento
Griffin acumulou inimigos e foi cancelada em 2017, após a publicação de uma polêmica foto, que ela divulgou em suas redes sociais, na qual ela segurava uma máscara de Donald Trump ensanguentada, como se fosse a cabeça do ex-presidente decapitada.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
