Ainda tem muito o que aprender: Erros e acertos de Emily in Paris no assunto Marketing

A protagonista de Emily in Paris é retratada como uma marqueteira júnior, mas ela mal sabe como usar hashtags ou tirar uma foto decente. Além disso, sua incapacidade de trabalhar em equipe também é irritante, e suas ‘dicas infalíveis’ de marketing quase nunca fazem o menor sentido.

Mas, se por um lado a série foi ruim ao representar a profissão, por outro ela também tem seus acertos, como se vê nos exemplos a seguir:

Acerto: O Pensamento Fora da Caixa Funciona

Ser criativo é a base do marketing e das relações públicas. Embora existam profissionais da área que são bem tradicionais, como Sylvie, que gostam de trabalhar com fórmulas testadas e comprovadas, o pensamento inovador pode ser arriscado, mas também bem-vindo no campo.

Emily se inspirou na exposição de Van Gogh para sua campanha para fazer Paris dormir sob as estrelas para uma empresa de colchões e tirou fotos do vestido do Brooklyn cercado por saltos, batom e garrafas de álcool em movimento.

Quando ela tinha novas ideias, ela falava em voz alta sem medo, o que é uma boa prática em geral.

Emily (Lily Collins) em Emily in Paris (Reprodução)
Emily (Lilly Collins) em Emily in Paris (Reprodução)

Errado: A postagem espontânea no feed quase nunca acontece numa marca

Embora a publicação espontânea da foto do vestido Pierre Cadault tenha sido um raciocínio rápido da parte dela, é quase impossível nos dias de hoje que marcas tão grandes como as dele permitissem postagens em seu feed sem nenhum processo de aprovação para o visual, texto, e hashtags – das quais havia apenas uma, também desatualizada.

Na verdade, um erro na série é que todas as publicações feitas na internet são postadas por um executivo júnior sem serem examinadas por níveis superiores e pela própria marca antes, o que é algo que não acontece na vida real.

Certo: O marketing pode ser sexista

Emily esperava o melhor das empresas e queria que elas fossem socialmente conscientes de suas campanhas e de como representavam as mulheres. Nesse caso, o programa retratou a misoginia ainda presente nos anúncios, principalmente no dia das filmagens do perfume De L’Heure, da Maison Lavaux.

Mesmo quando lhe disseram para ter ideias para a Vaga-Jeune, ela expressou sua aversão pelo fato de a palavra francesa para vagina ser um termo masculino e tentou iniciar uma conversa sobre sexismo na indústria.

Emily (LIly Collins) em Emily in Paris: (Reprodução)
Emily (LIly Collins) em Emily in Paris (Reprodução)

Errado: a estratégia americana não funciona para o público francês

Emily foi para o Savoir com uma missão: ensinar aos franceses as formas americanas de trabalhar e de marketing, o que é culturalmente problemático e não faz o menor sentido.

Acontece que, do ponto de vista do marketing, é fundamental pesquisar o tipo de público antes de produzir uma campanha, afinal, públicos diferentes possuem gostos diferentes.

Para Emily, usar táticas que funcionaram nos Estados Unidos em consumidores na França sem qualquer pesquisa é absurdo e anula todos os seus supostos sucessos anteriores.

O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.

Veja mais ›