The Originals é uma série que foi considerada um spin-off de sucesso para os moldes do canal que a exibe, The CW, tendo inclusive tomado algumas liberdades estilísticas a fim de melhorar o formato narrativo de The Vampire Diaries, série que lhe deu origem.
A série spin-off reunia um universo de monstros tão diversificado quanto a sua original e, mesmo quando tinha diversas possibilidades de ser realmente ‘original’, com o perdão do trocadilho, ela preferiu se manter presa e repetir alguns clichês que acabaram se tornando incômodos para quem assistia.
Klaus sendo o maior problema da sala o tempo todo
Mesmo com a infinidade de inimigos da família Mikaelson, Klaus ainda continuava sendo seu maior problema.
Mimado, o personagem se recusava a se comprometer com qualquer pessoa e sempre tinha alguma vingança própria para colocar em prática.
O público podia identificar facilmente seus padrões tóxicos, uma vez que a única coisa consistente sobre ele era seu temperamento e o clichê do bad boy que foi usado à exaustão.
Personagens voltando dos mortos
Seja Esther, Finn, sua tia Dahlia, Mikael ou mesmo Elijah, os membros da família original desafiaram consistentemente sua própria mitologia.
Como são extremamente poderosos, ficou estabelecido por mais de uma dezena de vezes – desde The Vampire Diaries – que era virtualmente impossível matar os Originais.
Como não era possível matar de verdade, eles viviam dando jeitos de se colocarem para dormir, o que acabava ficando repetitivo e cansativo.
Além disso, alguém de seu passado sempre voltava à vida, fosse de uma morte recente ou algum sono induzido por qualquer maldição lançada cem ou mil anos atrás.
As muitas, muitas, muitas maldições
Por falar em maldições e seres imortais (ou indestrutíveis), o show apresentava todos os tipos de criaturas antigas, desde bruxas e vampiros a até mesmo híbridos misturados a lendas e maldições milenares que ajudavam na criação de um enredo emocionante.
Até aí estava tudo certo, mas o problema é que existiam tantas maldições, profecias e mitos antigos recorrentes que acabavam se atropelando no enredo e muitas vezes as próprias tramas dos personagens já não se encaixavam mais em si mesmas.
Os malvados pais recorrentes
Uma narrativa familiar disfuncional é algo que funciona como uma boa ferramenta para o programa e ancora os arcos pessoais dos irmãos Mikaelson.
Mas teria sido diferente se Esther e Mikael fossem realmente os principais antagonistas, já que desejam acabar com a própria linhagem que criaram e matar os filhos.
Como as coisas não funcionam assim, eles ficam patinando na história sem se destacarem nem como vilões principais nem tampouco podem ser descartados como vilões secundários, o que dificulta sua identificação por parte do público.
Assim, os ataques de Mikael a Klaus na 2ª temporada ou a continuação da decepção de Esther ao longo das 2ª e 3ª temporadas tornam a história realmente previsível e um tanto entediante.
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.