Sistema Bruto: Bruna Viola revela como foi primeira experiência de atriz

A cantora também ressaltou como se sentiu acolhida e ajudada pelo elenco do filme e como curtiu atuar

Conhecida cantora de sertanejo raiz, Bruna Viola foi convidada pelo diretor Gui Pereira para protagonizar a comédia de ação Sistema Bruto, que foi escrita pensando nela, e durante uma entrevista exclusiva com o E-Pipoca ela contou um pouco sobre sua primeira experiência como atriz.

Como foi essa sua primeira experiência como atriz em Sistema Bruto?

“Foi uma experiência incrível, foi mais um desafio que chegou pra minha vida e eu enfrentei, mas foi muito bacana, eu tomei gosto, gostei muito de atuar. Eu tive aquela primeira dificuldade, porque a vida inteira eu tive que olhar para as câmeras, né? Eu não posso olhar para a câmera (no filme). Várias vezes tinha que cortar, eu dizia: ‘Nossa, eu olhei para a câmera sem querer, gente desculpa’, e tinha que voltar a cena. Porque tem que esquecer que as câmeras estão ali, é como se você estivesse no seu dia a dia conversando com as pessoas ali, da sua família, então uma das dificuldades que eu enfrentei foi essa”.

“Foi uma convivência muito intensa e incrível, porque foi um mês inteiro direto gravando e a primeira semana de gravações eu já contracenava com o Jackson Antunes, que é um ícone do nosso Brasil, da nossa arte, e eu achei que ia ser muito difícil, meu Deus, contracenar com Jackson Antunes de primeira assim. Ele é um artista, um profissional incrível, um ser humano único, que me ajudou muito, numa humildade gigantesca, que deixava não só eu, como o set inteiro de gravação, muito a vontade. As coisas aconteciam bem naturalmente, só pela presença e pela energia positiva do Jackson. Ajudou muito aí eu pegar a primeira semana de gravação com ele, ajudou muito para as outras semanas acabarem ficando mais leve, mais confortável, e mais fácil também, vamos dizer assim”.

Ele filmou um clipe com você, não é?

“Sim, por a gente ter tido essa conexão muito grande no filme, onde ele me tratava como uma filha, mesmo, como se fosse da família dele e a gente criou um carinho e um amor um pelo outro, incrível, aí surgiu a oportunidade de gravar um clipe de uma música nova e de um convidar ele para participar. No filme ele faz papel do meu tio e no clipe ele faz papel do meu pai. A gente conseguiu colocar ali na nossa arte, no filme e no clipe, o carinho e o amor que temos um pelo outro real, conseguimos transportar isso para o público, através do nosso trabalho e foi muito bacana. Quero carregar ele pelo resto da vida no coração, a amizade, o amor e o carinho por esse caboclo”.

Bruna Viola em cena de Sistema Bruto (Divulgação)

O Gui Pereira fez o filme para você ser a protagonista, o que a Bruna Viola tem em comum com a Bruna de Sistema Bruto?

“Então quando o Gui fez o convite, ele disse: ‘Vou escrever um filme para você ser a protagonista’, e daí aconteceu, ele disse: ‘o filme tá pronto, tô aqui com o roteiro, vamos gravar, vamos fazer acontecer?’ E eu até fiquei meio desacreditada quando ele falou, tipo: ‘Você acha, vai escrever um filme para eu ser a protagonista’. É uma coisa muito grande, distante da realidade que eu imagino e que eu vivo, mas aconteceu, graças a Deus o Gui depositou muita confiança no meu trabalho, na minha capacidade também, eu sou muito grata a ele e a toda a equipe da Dodô Filmes, por isso, por acreditarem em mim”.

“Ele realmente me acompanhou nas redes sociais, prestou bastante atenção na minha personalidade para escrever o filme e a personagem, então a Bruna do filme a Bruna Viola, da vida rea,l são bastante parecidas mesmo, porque justamente ele criou essa personagem em cima do que ele via nas redes sociais, vídeos do meu trabalho. A minha personagem inicialmente ia se chamar Bia, mas depois ele foi atualizado o roteiro, mudando algumas coisas, ele disse: ‘Vai chamar Bruna mesmo, esquece a Bia já que é inspirado em você, na sua história, na sua personalidade, vai se chamar Bruna’”.

Como foi a sua preparação para o filme?

“Quando eu recebi o roteiro, porque eu realmente estava desacreditada que iria acontecer, eu li com muita calma e falei: ‘Vai acontecer, eu vou ter que me dedicar a isso’. Daí a gente marcou as datas de gravações e aí eu estudei o roteiro e tive uma ajuda muito grande, como eu disse, do Jackson Antunes e da Bruna Altieri, que são os dois personagens com quem eu mais contraceno e que tem mais experiência com atuação e fui adquirindo experiência ali mesmo nas gravações, com todos eles, desde o café da manhã até o jantar, o dia todo gravando. E eu sou muito grata a Bruna Altieri e ao Jackson Antunes, que me apoiaram, me ajudaram e deram muitas dicas, foi bacana, aprendi muito com eles, aprendi muito também com essa experiência nova, como eu disse, tomei gosto, se tiver mais convite aí de atuação para fazer uma personagem, estou à disposição”.

Antes desse convite para Sistema Bruto, algum dia você já tinha pensado na possibilidade de atuar?

“Pior que não. Já tive participação em duas novelas da Globo, em Paraíso e O Outro Lado do Paraíso, mas a minha atuação foi como Bruna Viola mesmo, tocando e cantando, só isso. Mas nunca nem almejei atuar, fazer novela, filme, mas foi incrível, gostei demais, aprendi uma arte diferente da que eu faça há 18 anos, que é tocar e cantar”.

“Recebi elogios do Jackson, do diretor, da galera que estava trabalhando ali no set de gravações, porque eu não tinha ideia nem um parâmetro, porque eu não estava vendo o que tava acontecendo, como que estava saindo na tela. Então ficcava: “E aí, ficou bom, tá legal, continua assim, melhora o quê?’ Acho que deu certo, que tá todo mundo feliz”.

Bruna Altieri, Bruna Viola e Rio Negro e Solimões uma ao lado do outro olhando para o que tem embaixo do capô de uma caminhonete em cena de Sistema Bruto
Bruna Altieri, Bruna Viola e Rio Negro e Solimões em cena de Sistema Bruto (Reprodução Youtube)

O Gui Pereira e o Jackson Antunes dizem que subir em um palco para dar um show também tem um nível de atuação, você concorda com isso? Acha que tua experiência em palcos te ajudou no filme?

“Sem dúvida, essa grande trajetória na carreira artística, já traz uma bagagem nas costas, que, querendo ou não, é uma atuação que a gente tem que fazer a cada palco que a gente sobe para apresentar um show, fazer um espetáculo para o público que está ali presente. É uma coisa verdadeira, vou falar por mim, faço com muita felicidade de entregar o show, subir com muita alegria no palco, na hora que abre a cortina e você vê aquele público te esperando, mas nem sempre a gente tá bem por dentro, principalmente, no meu caso, como mulher, quantos shows eu já subi no palco passando muito mal de cólica, porque às vezes não há remédio que resolva. Ou algum problema particular, uma dor de cabeça, um negócio que tá te incomodando. Mas quando a gente sobe no palco o público está ali esperando sua alegria, e às vezes a gente acaba tendo que “atuar” essa alegria. É uma bagagem que a gente carrega, que sem dúvida nenhuma, ajudou um pouco na hora de gravar o filme e atuar, mesmo sendo diferente, a bagagem conta muito”.

O filme tem muitas participações, além de você, de outros cantores do universo sertanejo. Você acha que isso também ajudou para você se sentir mais à vontade, mais em casa?

“Com certeza. (Minha personagem) mora com o do Jackson Antunes, que faz o papel do meu tio Cleto, e os meus primos, que são o Cezinha e o Fabiano, que é a dupla César Menotti e Fabiano que nós já temos uma história, pois eles são meus padrinhos, participaram no meu DVD, do meu CD e eu já fiz participações em shows com eles, então acabou ficando um ambiente mais confortável com a presença deles ali”.

“E aí tem Gian & Giovani, tem Chitãozinho, também tem Guilherme & Santiago, e toda a galera do sertanejo. Rio Negro e Solimões também tem uma cena muito bacana, que eu contracenei com eles, então acabou ficando um ambiente bem confortável sim”.

Tem algum momento engraçado ou desafiador, que tenha te marcado e você vai lembrar mais que os outros?

“Momentos engraçados tem muitos, porque o filme é uma comédia de ação, e tem personagens incríveis como o Marcus Cirillo, que é um humorista que eu já acompanho o trabalho dele há anos, desde quando a carreira dele ainda não era muito conhecida, eu já acompanhava vídeos, e é um cara que eu admiro, e ele é muito engraçado normal, sem estar atuando”.

“Tiveram muitas cenas cômicas, mas uma cena que eu achei difícil de gravar e fazer, foi um momento que eu e a minha amiga, que a Rosa, que é a Bruna Altieri, a gente briga, a gente tem uma discussão feia, e essa atuação foi difícil,foi a mais difícil para mim. Agradeço inclusive a paciência da Bruna Altieri, de antes de gravar a cena me ensinar, ficar passando comigo várias vezes essa cena da briga antes de gravar. Foi a parte mais difícil pra gente ter uma discussão braba, essa foi a cena mais difícil para mim”.

Bruna Viola em cena de Sistema Bruto (Reprodução/Youtube)

A amizade da Rosa e da Bruna nas telas acabou se transformando em uma amizade entre a Bruna Altieri e a Bruna Viola na vida real?

“Sim, acabou se transformando. A Bruna é uma pessoa muito de luz, ela carrega uma luz incrível com ela, ela emana boas energias por onde ela passa, por onde ela marca presença, e a gente criou uma amizade muito bacana sim, ela é um ser humano incrível que vou levar para a vida toda também”.

E Qual a sua expectativa para a reação do público a Sistema Bruto e sua atuação?

“A expectativa é a melhor possível, mas, assim, com um pouco de medo, de receio, por ser minha primeira atuação. Obviamente que eu não vou agradar todo mundo, ninguém consegue agradar todo mundo, mas eu espero muito agradar a maior porcentagem. Espero que o público saia feliz, porque é um filme bacana, tem uma história bacana, é uma comédia de ação incrível. E aí vem a parte da atuação, o elenco inteiro está muito brilhante. Eu estou com um pouco de receio e medo da minha parte mesmo, mas seja o que Deus quiser, espero agradar muito a galera, porque o filme, a história é realmente incrível, muito bacana”.

Você falou que aceitaria outros convites, mas seriam convites para participações, ou você está pensando em se dividir e investir em uma carreira de atriz, além de cantora?

“Então a vida é feita de oportunidades, e se surgirem novas oportunidades eu acho que eu ia encarar sim, de gravar uma história completa, um personagem que não seja só uma participação, talvez eu encare sim”.

Como foi trabalhar sob direção do Gui Pereira?

“Foi incrível, o Gui é um ser humano maravilhoso, tem uma paciência infinita, sabe, ensinar, sabe, corrigir de forma educada. Tomara que a gente faça outros trabalhos juntos, já estou esperando o Sistema Bruto 2″.

Sistema Bruto chega aos cinemas em 29 de setembro.

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