Mulher Maravilha dos anos 70 reflete sobre legado feminista de super-heroína

Lynda Carter reflete em seu legado para o feminismo em Mulher Maravilha como protagonista da série anos 70 durante exposição em homenagem à heroína no The Bass Museum em Miami. Entitulado Wonder Woman Day, o evento marca o início da exibição do documentário Technology/Transformation: Wonder Woman, 1978-79, de Dara Birnbaum.

A atriz de 70 anos conversou com a Comic Book e a CBS de Miami durante o evento, e falou sobre como ela deu sua própria interpretação para a personagem quando a viveu de 1975 a 1979, e como ela fez questão de redefinir a personagem para algo que fosse mais humana e um símbolo para outras mulheres:

“Eu queria que ela fosse bondosa e isso não estava no roteiro e eu queria que ela fosse esperta e isso não estava no roteiro. No roteiro, ela era bem emburrecida e eu não iria admitir isso.”

Lynda Carter como Mulher Maravilha (Divulgação)
Lynda Carter como Mulher Maravilha (Divulgação)

Segundo Lynda, o que deveria marcar (e marcou na época) a personagem era a maneira como ela era tanto poderosa quanto era inteligente, e que isso não era exatamente algo que estava na mesa quando ela foi chamada para viver a personagem. Ela conta que a maior influência para trazer a heroína das páginas sem dúvida nenhuma era o feminismo. Carter queria ser um exemplo para as mulheres da época:

“O que estava em jogo era o feminismo. Isso estava definitivamente em jogo, mas foi reduzida uma quantidade considerável, a parte feminina da versão dos anos 40 da personagem. Dito isso, o que eu decidi quando os produtores mencionavam ou alguém mencionava ‘oh, as mulheres não vão gostar de você por causa das roupas e blá blá blá’ eu pensava, ‘as mulheres vão me amar. Elas vão querer seu eu ou então serem minhas melhores amigas porque a Mulher Maravilha é não-predatória. A Mulher Maravilha somos todas nós‘.”

Sua Mulher Maravilha não se achava a “boazuda”, conta atriz

Lynda também fala que o lado humano da Mulher Maravilha da série foi o que tornou-a tão icônica. Segundo a atriz, ela também queria trazer para a personagem que ela não era “a escolhida” ou algo assim, mas uma mulher normal como suas irmãs de Theymiscira:

“Era isso que eu queria trazer mais do que qualquer coisa era que ela não pensava nela mesma como sendo tudo aquilo, que ela não pensava que ela mesma era aquela ‘it girl’ porque todas as irmãs dela faziam a exata mesma coisa que ela fazia na Ilha do Paraíso. […]ela sabia quem ela era. E esta foi a maneira como eu interpretei ela, que ela sabia quem ela era.”

O que você achou? Siga @siteepipoca no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui.

Veja mais ›