Martin Scorsese clama para que salvem o cinema: “A indústria acabou”

Diretor continua a criticar o atual movimento da indústria do cinema em investir somente em blockbusters.

Martin Scorsese, um dos diretores mais aclamados da história do cinema, expressou sua insatisfação com a atual indústria cinematográfica, repleta de filmes de pipoca cheios de efeitos especiais e falta de apoio a vozes individuais.

Scorsese acredita que o cinema está perdendo sua essência e clama por uma mudança.

O você vai ler neste texto

  • Insatisfação de Scorsese com filmes cheios de efeitos especiais
  • Falta de apoio a vozes individuais na indústria cinematográfica
  • A visão de Scorsese sobre os filmes de super-heróis

Insatisfação de Scorsese com filmes cheios de efeitos especiais

Em uma entrevista para a GQ Magazine, Martin Scorsese voltou a falar sobre como os filmes pipoca repletos de efeitos especiais têm tomado conta da indústria cinematográfica e estão afetando negativamente a arte do cinema.

Para o diretor, a crescente dependência desses efeitos compromete a qualidade das histórias contadas, deixando de lado o valor artístico e a profundidade emocional que o cinema pode proporcionar.

“Bem, a indústria acabou. Em outras palavras, a indústria da qual fiz parte, estamos falando há quase, o quê, 50 anos atrás? É como dizer a alguém que fez filmes mudos em 1970: o que você acha que aconteceu?”

Falta de apoio a vozes individuais na indústria cinematográfica

Scorsese alega que os grandes estúdios não estão mais interessados em apoiar vozes individuais e suas ideias pessoais quando se trata de produções de grande orçamento.

Ele lamenta a falta de espaço para a expressão criativa dos diretores e argumenta que a ênfase está cada vez mais nas franquias e nos filmes que têm maior probabilidade de sucesso comercial, em vez de na narrativa autêntica e original.

A visão de Scorsese sobre os filmes de super-heróis

Scorsese acredita que a proliferação dos filmes de super-heróis, em particular, representa uma guinada negativa para o cinema.

Ele argumenta que essas produções, que dependem excessivamente de efeitos especiais e estão focadas principalmente em ação e entretenimento, não representam mais a essência e o propósito do verdadeiro cinema.

Para Scorsese, essa tendência destrói a diversidade de gêneros e estilos cinematográficos, reduzindo o escopo da arte cinematográfica.

“É quase como se a IA (inteligência artificial) fizesse um filme. E isso não significa que você não tenha diretores incríveis e pessoas de efeitos especiais fazendo belas obras de arte. Mas o que isso significa? O que esses filmes fazem, o que isso vai te dar? Fora uma espécie de consumação de alguma coisa e depois eliminar da sua mente, do seu corpo todo, sabe? Então, o que isso está lhe dando?”.

Martin Scorsese tem sido um crítico contundente da direção que a indústria cinematográfica está tomando.

Ele reivindica a necessidade de resgatar o cinema como uma forma de arte incomparável, que vai além dos lucros e da satisfação instantânea do público.

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