Jane Fonda revela que imaginava morrer antes do 30 devido a problema grave de saúde

Atriz se isolava para que ninguém soubesse que de sua rotina alimentar

Jane Fonda se abriu sobre os seus problemas de autoimagem na juventude, que a levaram a um distúrbio alimentar que ela achou que ia acabar com sua vida.

A atriz participou de um bate-papo no podcast Call Her Daddy, onde ela contou mais sobre o processo de cura da bulimia e todo o sofrimento que a doença causava. Segundo ela, a perspectiva dela era que ela iria morrer antes de conseguir chegar na casa dos 30.

“Quando eu tinha vinte e poucos anos eu estava começando na carreira de atriz, e eu sofria de uma bulimia muito mas muito severa de verdade. Eu tinha uma vida secreta, era infeliz demais, demais da conta. Eu achava que eu não iria passar dos 30 anos…”

Jane Fonda em Barbarella (Foto Reprodução instagram)

“Eu não saía para me divertir. Eu quase não namorava porque eu estava infeliz e por causa desse distúrbio alimentar. E além disso, eu também estava fazendo uma porção de filmes naquelas época que eu não gostava de verdade. Aquilo afeta a forma como seu físico fica, você acaba com uma aparência cansada. Se torna impossível entrar em um relacionamento autêntico quando você faz uma coisa assim em segredo. Seu dia se organiza em torno de comida e de comer, que requer que você esteja sozinha e que ninguém saiba o que você está fazendo.”

Jane comparou o distúrbio com o vício de um usuário de drogas.

“É uma situação bem solitária, e é um vício. Assim que você coloca qualquer comida para dentro, você quer se livrar dela”.

Jane Fonda descobriu grupos de apoio e decidiu parar por seus entes queridos

Jane Fonda em Grace and Frankie (Reprodução/Netflix)

De acordo com Jane, ela estava chegando aos 40 e tinha uma carreira incrível, um esposo e filhos que a amavam, e que ela valorizava muito. “Se eu continuar fazendo isso, eu vou morrer”, ela concluiu na época, e isso a fez procurar ajuda profissional:

“Eu não sabia que existiam grupos de apoio aos quais você podia se juntar, eu não tinha nenhuma noção a respeito daquilo. Ninguém falava sobre aquilo, e eu não sabia nem que aquilo tinha um nome. Foi um processo bem difícil, mas a verdade é: quanto mais tempo passa de sua última recaída, mais fácil as coisas vão ficando mais fáceis”, aconselhou.

Se você sofre com distúrbios alimentares, há várias ONGs e grupos de apoio que podem ajudar, como o Ambulim (site https://ambulim.org.br/ajuda/, e-mail  [email protected] ou o telefone  +55 (11) 2661-6975), que inclusive oferece atendimentos ambulatoriais em São Paulo. Para outras regiões do país entre em contato com a Associação Brasileira de Transtornos Alimentares.

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