Halle Berry desabafa sobre ‘maldição’ de ganhar Oscar: “Não mudou nada para mim”

Em Hollywood uma brincadeira surgiu há alguns anos, quando várias grandes estrelas foram acometidas da triste coincidência de não conquistar papeis bons depois de ganhar um Oscar, como se sofressem de uma maldição.

A conhecida Maldição do Oscar tem várias vítimas conhecidas, como Jennifer Hudson (Dreamgirls), Cuba Gooding Jr. (Jerry Maguire), Gwyneth Paltrow (Shakespeare Apaixonado) e Halle Berry, que recentemente comentou o azar.

A estrela que recebeu o prêmio de melhor atriz no Oscar de 2002, por seu papel em A Última Ceia, de Lee Daniels, desabafou sobre sua frustração, durante uma entrevista para a revista americana Entertainment Weekly.

Ela contou que pensou que após a premiação sua carreira deslancharia e que, para ela, foi surpreendente que novos e melhores papéis não começaram a surgir, logo depois que ela ser reconhecida com a importante premiação.

“Quando você tem uma vitória histórica como essa, você pensa: ‘Oh, isso vai mudar tudo fundamentalmente’. Isso me mudou fundamentalmente, mas não mudou meu lugar no negócio da noite para o dia. Eu ainda tinha que voltar ao trabalho. Eu ainda tinha que lutar para encontrar uma saída do nada”, ela explicou como se sentiu.

Quando ganhou seu primeiro e único Oscar há quase 20 anos, Berry fez história em Hollywood, como a primeira mulher e negra a vencer na categoria de melhor atriz do prêmio.

Infelizmente após seu glorioso trabalho em A Última Ceia ser reconhecido com uma das mais desejadas premiações da indústria cinematográfica, a atriz colecionou uma série de papéis que não lhe renderam mais nenhum bom prêmio.

Halle Berry em Mulher-Gato (Reprodução / DC)
Halle Berry em Mulher-Gato (Reprodução / DC)

Para sua grande infelicidade, inclusive, um de seus papeis seguintes a premiação, como a protagonista de Mulher-Gato, em 2004, até lhe rendeu quatro prêmios, mas Framboesas de Ouro, que premia o pior do cinema.

A atriz comentou, também, na entrevista, sobre seu atual trabalho, Bruised, que ela se apaixonou pela ideia assim que leu o roteiro, tanto que o adaptou para que além de dirigir ela pudesse protagonizar.

“Eles me deram o roteiro, e eu adorei a história, mas foi escrito para uma mulher branca católica irlandesa de 20 anos. Eu não conseguia tirar isso da minha mente, então pensei: é possível que isso possa ser reinventado para alguém como eu? Porque acho que tenho uma opinião que poderia realmente funcionar, falando sobre uma mulher negra de meia-idade, alguém lutando por uma última chance em vez de outra”, ela relembrou.

Bruised

Bruised acompanha Jackie Justice (Berry), uma lutadora de MMA em decadência, que falhou na única coisa que ela sempre foi boa: lutar.

Ela precisa vencer seus próprios demônios, ao ter que voltar aos ringues e encarar uma grande estrela atual do MMA, para que consiga ser a mãe que seu filho, que ela havia abandonado e voltou para sua vida, merece.

O drama esportivo escrito por Michelle Rosenfarb é a estreia de Berry como diretora, que contracena no longa com Shamier Anderson, Adan Canto e Sheila Atim.

Bruised está agendado para estrar na Netflix em 24 de novembro, após a plataforma de streaming ter pagado US$ 20 milhões a Berry pelos direitos de distribuição mundial do longa.

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