Atriz e cantora, Björk afirma que ela não é levada tão a sério apenas por ser mulher

Atriz comemorou volta de Kate Bush nas paradas de sucesso e diminuição do machismo na indústria

Quando se fala de música dos anos 1980 e 1990, vários nomes são lembrados, na sua maioria de cantores ou bandas masculinas e segundo Björk a culpa disso é do imenso machismo da indústria musical na época, que não levava a sério artistas mulheres como ela.

Em uma recente entrevista à revista de música NME, a cantora e atriz desabafou sobre o tratamento recebido por ela e outras talentosas mulheres que sempre eram deixadas de lado pelos críticos musicais da época que só queriam saber dos roqueiros que cantavam sobre “peitos, cerveja e abuso de heroína”.

“Escrever do ponto de vista de uma mulher era considerado uma forma de arte menor. Sempre fiquei bastante ofendida com a frequência com que se escrevia sobre Kate Bush, como se ela fosse louca ou uma bruxa maluca, ou eu sendo uma elfa maluca”, ela relembrou.

Björk, que além de cantora também é compositora, atriz, instrumentista e produtora musical, deixou claro que a maneira desdenhosa com que foi tratada no meio musical foi apenas por ela ser uma mulher, como se isso a desmerecesse.

“Somos produtoras. Eu escrevi todas as minhas partituras por 20 anos. Não estou me gabando, só estou dizendo isso porque as pessoas ainda querem que eu seja uma elfo ingênua. Se fôssemos homens, seríamos levadas mais a sério”, ela afirmou.

Apesar da mágoa com o passado, a artista tem uma visão positiva do presente e do futuro, pois acha que as novas gerações estão mudando as coisas e diminuindo o machismo na indústria musical, opinião que ela valida comemorando o retorno às paradas de Kate Bush.

“Finalmente, a geração Z pode imaginar a produção de uma mulher ou o mundo de uma mulher e não parece insano ou algo que eles têm que ridicularizar ou ter medo”, ela disse, salientando que não conseguia nem descrever ao ver Running Up to that Hill voltando a dominar as paradas depois de ter tocado em Stranger Things.

Sucesso internacional

Stranger Things deu à Kate Bush um sucesso que ela nunca tinha tido antes, a nível internacional, quando sua canção virou trilha no 3º episódio da 4ª temporada da série, nas cenas em que Onze e seus amigos conseguem salvar Max Mayfield das garras de Vecna, usando a música.

Running Up to that Hill se tornou um viral, figurando nas paradas musicais do mundo todo, alcançando a primeira colocação no iTunes em maio deste ano e o 4º lugar na lista Hot 100 da Billboard em junho, rendendo cerca de US$ 2,3 milhões a Bush.

Fonte: NME

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