Sempre polêmico, Martin Scorsese comenta evento Barbenheimer

Martin Scorsese compartilhou sua opinião sobre a estreia de Barbie e Oppenheimer e como isso pode mudar o cinema.

O famoso e polêmico diretor Martin Scorsese compartilhou sua opinião sobre o lançamento simultâneo de Barbie e Oppenheimer.

Scorsese declarou que o duplo lançamento em julho foi uma “perfect storm”, ou tempestade perfeita, gíria usada para um momento que causa grande mudança, seja para melhor ou para pior.

O diretor ficou contente em como o evento conhecido como Barbenheimer levou uma grande número de pessoas de volta para o cinema.

Visão ideal de cinema

Ken (Ryan Gosling) e Barbie (Margot Robbie) em Barbie (Reprodução / Warner Bros.)
Ken (Ryan Gosling) e Barbie (Margot Robbie) em Barbie (Reprodução / Warner Bros.)

De acordo com o CBR, em uma entrevista para o The Hindustan Times, Martin Scorsese disse que o lançamento de Barbie e Oppenheimer juntos é sua visão visão ideal para o futuro do cinema.

“Acho que a combinação de Oppenheimer e Barbie foi algo especial. Parecia, odeio essa palavra, mas um ‘tempestade perfeita’. Aconteceu na hora certa. E o mais importante é que as pessoas foram assistir a esses em um teatro. E eu acho isso maravilhoso”.

Contudo, Scoresese revelou que ainda não assistiu a nenhum dos dois filmes, embora seja fã dos trabalhos de Christopher Nolan, e também relembrou seu trabalho junto com Margot Robbie.

“Ainda não vi os filmes. Adoro o trabalho do Chris Nolan. Margot Robbie, devo dizer, começou comigo em O Lobo de Wall Street. Rodrigo Prieto (diretor de fotografia), após terminar Assassinos da Lua das Flores, passou a filmar Barbie. Então está tudo em família. (risos).”

Filmes opostos que se ajudaram

Cillian Murphy em Oppenheimer (Reprodução / Universal Pictures)
Cillian Murphy em Oppenheimer (Reprodução / Universal Pictures)

Martin Scorsese também explicou como Barbie e Oppenheimer, mesmo sendo opostos, se ajudaram. Confira a seguir:

“A forma como se encaixou perfeitamente – um filme com tanto valor de entretenimento [Barbie], puramente com as cores brilhantes – e um filme com tanta severidade e força [Oppenheimer], e praticamente sobre o perigo do fim da nossa civilização – você não poderia ter filmes opostos para trabalharem juntos”.

“Oferece alguma esperança de que surja um cinema diferente, diferente do que tem acontecido nos últimos 20 anos, além do grande trabalho que está sendo feito no cinema independente. Sempre fico chateado com isso, os filmes independentes sendo relegados a ‘indies’. Filmes que só um certo tipo de pessoa gostaria. Basta mostrá-los em uma pequena tela em algum lugar”, finalizou o diretor.

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