E parece que a parceria entre a Netflix e o grande cineasta Ryan Murphy vai de vento em popa. Depois do sucesso da minissérie Halston, o produtor já está trabalhando em uma nova produção para a plataforma de streaming, a série limitada de terror, The Watcher.
A série contará a história do casal Derek e Maria Broaddus, um rico casal que pagam US$ 1,35 milhão pelo que eles achavam que seria a casa dos sonhos, que acaba se tornando em um verdadeiro pesadelo.
Logo que o casal se muda para a casa eles começam a ser ameaçados por cartas de um desconhecido que se autointitula como The Watcher.
Acontece que a história do casal Broaddus é uma história real transcrita em um conto de Reeves Wiedeman, lançado em 2018, pela revista americana The Cult, a mesma que publicou obras de não-ficção como a história de Hustlers de Jennifer Lopez e Anna Delvey de Shonda Rhimes.
Como na série o casal da história real, Derek e Maria Broaddus, compra e logo em seguida se muda para uma imensa casa em Nova Jersey e imediatamente começar a receber bilhetes assustadores de alguém que garante que é o guardião da residência há décadas.
A primeira carta cita o nomes dos antigos moradores da casa e parece fazer referência aos filhos do casal Broaddus, três crianças com idades entre 5 e 10 anos de idade.
“Eu pedi aos Woods para me trazerem sangue jovem e parece que eles ouviram”.
Pouco depois mais uma nota, falando mais diretamente das crianças surgiu na casa.
“Você precisa encher a casa com o sangue jovem que eu pedi? Melhor para mim. A sua velha casa era pequena demais para a família em crescimento? Ou foi a ganância de me trazer seus filhos? Assim que eu souber seus nomes, eu ligarei para eles e os desenharei também”.
Derek chegou a contatar os antigos moradores da casa e indagá-los sobre as cartas de The Watcher, mas os Woods juram que em seu 23 anos morando na casa não haviam recebido nenhuma carta, até poucos dias antes da mudança.
As cartas não param de chegar, cada vez mais assustadoras, apontando detalhes da intimidade da família, que o The Watcher aponta ser facilmente descobertos devido todas as janelas e portas da casa.
Um novo bilhete se dirige diretamente a Maria e Derek, sendo remetida em seus nomes.
“Os trabalhadores têm estado ocupados e eu tenho observado vocês descarregarem carros cheios de seus pertences pessoais. A lixeira é um belo toque. Eles já encontraram o que está nas paredes? Com o tempo, irão”.
Assustados os Broaddus procuraram a polícia e são instruídos a não notificar seu vizinhos que uma investigação seria feita, para não assustar o remetente das cartas.
O casal toma conhecimento da história de seus vizinhos, os Langford, vários irmãos idosos que vivem na casa do lado junto de sua mãe de 90 anos, que residiam ali desde 1960, época em que supostamente o pai do Vigilante também teria ocupado a casa e lhes mandado bilhetes.
Uma grande investigação foi feita, policiais vigiaram a casa, instalaram câmeras escondidas e até enviaram cartas falsas para os Langfords informando que eles planejavam demolir sua casa, mas não deu em nada, nenhuma única pista do remetente das cartas foi descoberta.
Especula-se que os Broaddus processaram os Woods por eles não terem comunicado sobre a única carta que receberam antes da mudança.
Após não haver nenhuma descoberta que apontasse que realmente houvesse um remetente das cartas, os moradores locais chegaram a acusar o casal Derek e Maria de terem inventado a história, para vende-la para uma produtora de cinema.
Dois anos após comprar a casa, os Broaddus a colocaram a venda e foram criticados em todos os meios que colocaram anúncios, sendo acusados, dessa vez, de ter inventado a história dos bilhetes para vender a casa por um valor mais alto do que tinham pagado.
Após não conseguirem vender a propriedade para um incorporador, que demoliria a casa e construiria duas novas em seu lugar devido a rejeição do conselho local da proposta, o casal acabou alugando a casa para outra família.
A nova família logo recebeu um bilhete ameaçador, mas que parecia ainda direcionado aos Broaddus.
“Talvez um acidente de carro. Talvez um incêndio. Talvez algo tão simples como uma doença leve que nunca parece passar, mas faz você ficar doente dia após dia após dia após dia. Talvez a misteriosa morte de um animal de estimação. Os entes queridos morrem de repente. Aviões, carros e bicicletas batem. Ossos quebram.”
Depois dessa carta, outras famílias em Westfield também começaram a receber cartas.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
