Netflix surpreende e deve tomar medida drástica contra suas próprias séries

O mundo do streaming está mudando

No ano passado a Warner Bros. Discovery não apenas cancelou, mas retirou do catálogo da HBO Max diversas séries originais, algumas delas de enorme sucesso. Mas será que a Netflix pode seguir o mesmo caminho?

Entre as séries que foram retiradas do catálogo da HBO Max estavam WestWorld, As Crônicas de Cucu, Raised By Wolves, A Mulher do Viajante no Tempo, The Nevers, Love Life e Minx.

Aparentemente, a redução da biblioteca dos serviços de streaming não parará por aí, e o exemplo pode ser seguido por outras empresas, como a Disney. Recentemente, o CEO da Disney, Bob Iger, disse que a companhia quer economizar US$ 5,5 bilhões, sendo US$ 3 bilhões em conteúdos não esportivos.

Porém, Iger não deixou claro se isso levaria a remoção de conteúdos do Disney+, Hulu e Star+, streamings de propriedade da Disney. E de acordo com uma matéria do Deadline, até a Netflix poderia adotar essa estratégia.

Catálogo parado não lucra

Evan Rachel Wood como Dolores em Westworld
Evan Rachel Wood como Dolores em Westworld (Divulgação/ HBO)

Desde a pandemia e o aumento da concorrência, a Netflix vem enfrentando forte  queda de popularidade, e número de assinantes. Ela não apenas perdeu usuários, mas vem tentando alternativas para não ter prejuízo, que vão desde planos com propagandas, aumento de mensalidade e até restrições para compartilhar contas.

Uma das formas que podem ser usadas pela Netflix num futuro para conter gastos é retirar conteúdos de sua biblioteca. Um membro da indústria do entretenimento que não quis se identificar, disse o seguinte sobre a estratégia:

“Há bilhões de dólares parados na biblioteca da Netflix que não rendem; programas vêm e vão, e esses apenas ficam lá. Acho que a única coisa que estamos percebendo é que essa ideia de que tudo o que você produz, você pode colocar em um lugar para sempre por US$ 15 por mês não funciona. Não tem como fazer um negócio viável assim, porque os números não sobem [com esse conteúdo]”.

Ou seja, manter um programa que já terminou ou sofreu cancelamento no catálogo de um streaming gera diversos tipos de gastos, como pagar valores para atores e produtores por ela ainda ser ‘veiculada’. E muitas séries não geram visualizações suficientes para valer a pena um gasto desse.

Para onde iria esse conteúdo?

Ava (Alba Baptista) e Beatrice (Kristina Tonteri-Young) em Warrior Nun (Reprodução / Netflix)
Ava (Alba Baptista) e Beatrice (Kristina Tonteri-Young) em Warrior Nun (Reprodução / Netflix)

Claro que isso geraria um desconforto entre os criadores de conteúdo, ao saber que seus programas deixarão o catálogo após algum tempo. Mas a alternativa seria vender esses filmes e séries para outros serviços de streaming.

De acordo com o Deadline, Netflix, Disney+ e HBO Max, podem vender as séries que retiraram do catálogo para plataformas do tipo AVOD ou FAST, baseadas em anúncios sob demanda ou streamings gratuitos com anúncios.

Assim esses programas continuariam existindo e ainda gerariam receita devido aos anúncios. Entre esses tipos de plataformas estão o Roku e Tubi. Isso também daria exposição aos produtores de conteúdo.

“Chegamos a um ponto, graças ao streaming, em que as pessoas acham que seu programa pode ser cancelado, mas pelo menos se fosse vendido, sempre estaria lá. Pelo menos o que eles fizeram ainda existe no mundo”, explicou a fonte do site internacional.

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