Disney vai demitir 7 mil funcionários, avisa chefão

Cortes envolvem a necessidade de economizar dinheiro e acalmar investidores

A Walt Disney Company anunciou que demitirá pelo menos 7 mil funcionários ao redor do mundo como parte de seu plano de contenção de gastos, anunciado pelo CEO Bob Iger.

As demissões ocorrerão em vários setores da empresa, sendo mais leves apenas na divisão de parques e resorts – que são as áreas que se mantiveram mais prósperas no último trimestre.

“Tenho enorme respeito e aprecio a dedicação de nossos funcionários em todo o mundo. Embora essa decisão seja necessária para enfrentar os desafios que enfrentamos hoje, não tomo essa decisão levianamente”, assegurou Iger (via Deadline).

Disney+
Disney+ (Reprodução/ YouTube)

Já familiarizada com perdas de empregos nos últimos três anos em vários sentidos, a Disney conta, atualmente, com 220 mil funcionários espalhados por todo o mundo. Isso quer dizer que os cortes anunciados hoje afetarão pouco mais de 3% da empresa, conforme destacou uma matéria do portal Deadline.

Vale lembrar que essa rodada de cortes destina-se a aplacar tensões corporativas dentro da empresa e ocorre pouco mais de dois meses depois que Bob Iger, de 71 anos, voltou a ser o CEO da Disney.

Qual o valor que a Disney espera economizar em custos com essas demissões?

A empresa está focada em tornar lucrativo seu negócio de streaming e pretende economizar 5,5 bilhões de dólares em custos ao demitir todos esses funcionários.

Após o anúncio, feito na última quarta-feira (8), as ações da Disney subiram 4,7%. Essas medidas, que incluem a promessa de se restabelecer um dividendo para os acionistas, também abordaram questões críticas do investidor Nelson Peltz.

Ele afirmava que a empresa estava gastando muito dinheiro com a sua plataforma de streaming. O próprio Bob Iger acabou admitindo que a Disney parece ter ido muito longe no objetivo de conquistar assinantes para o Disney+ enquanto se esquecia de investir na televisão tradicional, que também é seu forte.

Os planos relacionados a corte de gastos e devolver o poder às mãos de executivos criativos agora se organizam em três segmentos.

O primeiro é a criação de uma unidade de entretenimento que englobe tudo relacionado a televisão, cinema e streaming. Já o segundo é uma unidade ESPN focada especialmente em esportes. O terceiro, por fim, envolve os parques, experiências e produtos da Disney, que ainda atraem muito público.

Cena de O Maravilhoso Outono de Mickey Mouse (Reprodução / Disney+)
Cena de O Maravilhoso Outono de Mickey Mouse (Reprodução / Disney+)

Em uma teleconferência, além de afirmar que o streaming ainda é a maior prioridade da empresa, Bob Iger também declarou:

“Essa reorganização resultará em uma abordagem coordenada e mais econômica para nossas operações. Estamos comprometidos em operar com eficiência, especialmente em um ambiente desafiador.”

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