A Lista de Schindler | Diretor revela por que o filme foi feito afinal

Preconceito com judeus é maior hoje do que há trinta anos, afirma

Steven Spielberg revelou suas motivações por trás da produção de um de seus filmes mais reconhecidos: o drama histórico A Lista de Schindler.

Em entrevista ao jornal The Sunday Times, o cineasta falou sobre a gravação da cena final do filme, em que os sobreviventes do Holocausto visitam o túmulo de Oskar Schindler.

De acordo com Steven, ele acrescentou a cena no final da produção, em resposta à onda de antissemitismo que crescia nos anos 1990:

“O negacionismo do Holocausto estava voltando com tudo naquela época, esse foi o único motivo pelo qual eu fiz o filme em 1993. O final dele era uma maneira de comprovar que tudo aquilo no filme tinha sido verdade.”

Cena com Oliwia em A Lista de Schindler (Reprodução)r

Steven também refletiu sobre como em plenos anos 2020, a sociedade ainda não aprendeu com os erros do passado e torna a repeti-los. Em meio a uma nova onda de racismo, homotransfobia, machismo e antissemitismo, a lição do filme de 30 anos ainda é extremamente atual, desabafou:

“Aquilo tinha uma mensagem vital que é mais importante ainda hoje em dia do que era em 1993 porque o antissemitismo está bem pior agora do que era na época em que eu fiz aquele filme.”

A Lista de Schindler, ainda hoje, é um dos trabalhos mais consagrados de Steven, não só pela sua poderosa mensagem política, mas pela forma impecável como a produção é feita. O filme arrebatou o impressionante número de sete Oscar, entre eles Melhor Filme e seu primeiro como Melhor Diretor.

Diretor de A Lista de Schindler quer deixar sua marca na indústria da TV

Steven contou recentemente que, embora ame as telonas, também está louco para criar uma produção mais longa através de uma série de TV. De acordo com ele, seus planos iniciais eram de que seu drama histórico Lincoln fosse uma minissérie, porém ninguém comprou a ideia.

Steven Spielberg
Steven Spielberg (Divulgação)

“Eu estava disposto a fazer Lincoln como uma [série] de seis horas porque não consegui levantar todo o financiamento. Ninguém acreditou. Eu andei pela cidade e todo mundo me rejeitou”, revelou ele.

“Eu estava pronto para fazer um acordo com a HBO para fazê-lo e expandi-lo para seis horas. O primeiro rascunho de Tony Kushner tinha 150 páginas, então eu tinha o material. Eu tinha o material. Não sei se poderia ter convencido Daniel Day-Lewis a cumprir seis horas, mas estava à beira disso”.

A Lista de Schindler está disponível através da Netflix e Telecine Play.

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