A notícia de que Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, da Marvel, será lançado na Disney+ apenas 45 dias após a estreia nos cinemas, gerou uma grande polêmica, por isso o CEO da Disney, Bob Chapek, resolveu explicar a decisão.
Segundo o site Deadline, durante a teleconferência de resultados financeiros da Disney, Chapek garantiu que quando eles optaram pela modalidade de estreias em datas diferentes, não tinham ideia de que a situação do Covid-19 pioraria.
“Certamente, quando planejamos, não antecipamos o ressurgimento de Covid”, ele afirmou.
Ele explicou que apesar do lançamento simultâneo ser uma estratégia vencedora, a Disney já havia feito um acordo com os cinemas para que Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis tivesse os 45 dias de exclusividade.
Sendo assim, mesmo diante a mudança no quadro da pandemia do Coronavírus, o acordo impede que o conglomerado volte atrás, e retome a estratégia de lançamento simultâneo.
Mesmo sabendo dos riscos, o CEO disse que a janela teatral de 45 dias de estreia exclusiva de Shang-Chi será um experimento interessante, pois criará mais um ponto de dados para que eles planejem os futuros lançamentos.
Apesar do interesse em ter uma nova perspectiva de lançamentos durante a pandemia, Chapek fez questão de ressaltar que a Disney continua achando a modalidade de estreias simultâneas mais flexível em tempos incertos como os atuais, devido o Covid-19.
No entanto, indagado sobre às perspectivas de distribuição dos futuros títulos teatrais do estúdio ele deixou dúvidas no ar ao somente dizer que não há nada certo ainda.
Free Guy: Assumindo o Controle
Já sobre Free Guy: Assumindo o Controle Chapek esclareceu que não foi uma decisão da Disney, pois o filme foi adquirido na fusão com a Fox e já veio com um acordo de distribuição, o qual o conglomerado não pode ignorar.
A afirmação do CEO, no entanto contraria uma recente fala do diretor do filme, Shawn Levy, que deu a entender em uma entrevista ao site Collider que os executivos da Disney gostaram tanto do longa que acharam que ele merecia um tempo de estreia exclusiva nos cinemas.
“A primeira coisa disso tudo diz respeito à Disney. Logo depois que ela comprou a Fox, seus executivos tiveram uma exibição teste do filme. Já tive uma experiência dessas em Gigantes de Aço, e Ryan (Reynolds) também viveu isso em Deadpool. Foram filmes em que os executivos estavam eufóricos para testar. Free Guy teve uma experiência tão positiva que nem Ryan nem eu nunca tínhamos visto”, ele começou contando
Ele prosseguiu ressaltando como o filme deixou os executivos encantados, achando que o público devia ter a experiência teatral com ele.
“Durante toda a pandemia eles perguntaram: Você tem certeza de que não quer mostrar esse filme para as pessoas (agora)?. Eles sentiram que Free Guy poderia ter um bom momento nos cinemas e o público poderia sentir essa experiência, ter ventos a seu favor e até gerar outras histórias como uma franquia. Eu como diretor, assisti ao filme no cinema, e como todo diretor, queria que as pessoas vissem assim, grande e alto. É egoísta, e narcisista, mas adoro isso. Se a COVID permitir, espero que possamos ter essa experiência coletiva. Essa sempre foi a nossa posição”, ele salientou.
Free Guy: Assumindo o Controle está estreando exclusivamente nos cinemas nesta sexta-feira, 13 de agosto, já Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis estreia em 3 de setembro.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
