Das polêmicas criadas da pandemia do Covid-19 na indústria cinematográfica, a que deu mais o que falar foi a decisão da Warner Bros em realizar os lançamentos de suas produções simultaneamente nos cinemas e HBO Max.
Pois essa decisão, que causou grande revolta de cineastas, que consideram que a medida diminui consideravelmente as bilheterias, já está com seus dias contados, graças a um novo acordo firmado entre o estúdio e os cinemas AMC.
Segundo informações da revista The Hollywood Reporter, os lançamentos simultâneos só acontecerão até dezembro deste ano, e a partir de janeiro de 2022, os filmes da Warner Bros ganharão 45 dias de exclusividade nos cinemas, para só depois disso, serem inseridos na HBO Max.
Coincidência, ou não, a decisão é divulgada logo após a revelação de que as bilheterias do esperado O Esquadrão Suicida, de James Gunn, não terem sido lá muito animadoras.
Não é difícil de imaginar, diante o aumentos de casos de Covid-19 nos Estados Unidos, graças a variante Delta, que muitos espectadores que iriam assistir ao longa nos cinemas tenham mudado de ideia e resolvido assisti-lo na segurança de seus lares pelo HBO Max.
Apesar de ainda não ter revelado os números de visualizações e novos assinantes que procuraram a HBO Max para ver o filme da DC, a Warner Bros chegou a anunciar que O Esquadrão Suicida teve o segundo melhor fim de semana de estreia digital de 2021 até agora.
O acordo da Warner Bros com os cinemas AMC parecem seguir uma onda, já que é idêntico a decisão da Paramount, que em fevereiro anunciou exatamente a mesma medida em relação a exibição de seus próximos títulos.
Apesar de 45 dias não ser o maior prazo, é bem melhor que a atual situação de lançamentos simultâneos, e dará chance de um bom aumento no lucro das bilheterias dos filmes que estreiam em 2022 como Vila Sésamo.
Rendeu processo
A tática de estreias simultâneas nos cinemas e plataformas de streaming tem dado dor de cabeça não só para os cineastas que viram suas bilheterias não renderem o esperado.
A Disney atualmente está sendo processada por Scarlett Johansson, que acusa os estúdios de quebra de contrato por lançar Viúva Negra simultaneamente nos cinemas e no Premier Access do Disney+, sendo que no contrato consta estreia exclusivamente teatral.
Segundo divulgado, o que teria motivado a atriz a processar seria uma possível perda financeira, já que ela receberia um bônus da Disney calculado no ganho de bilheteria.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.