Scarlett Johansson detona cinema e revela arrependimento do passado

Atriz descreveu maneira como era estereotipada com algo bizarro e assustador

Mais conhecida como a Viúva Negra dos filmes da Marvel, Scarlett Johansson conseguiu estabelecer uma boa carreira em Hollywood, mas no começo não foi nada fácil, segundo ela devido a indústria ter a hiperssexualizado.

Em uma recente participação no podcast americano Armchair Expert, com Dax Shepard a atriz desabafou sobre como no início da sua carreira ela acabou perdendo muitas oportunidades pela maneira como ela era estereotipada.

“Eu meio que acabei objetificada e estereotipada de forma a me distanciar de alguns trabalhos que queria fazer. Lembro de pensar, ‘acho que as pessoas acham que tenho 40 anos’, ela relembrou.

Ela apontou como as pessoas a colocaram em uma caixinha de uma maneira que ela chegou a pensar se um dia conseguiria sair dela.

“Como todo mundo achava que eu era mais velha e que estava atuando há muito tempo, eu fui meio que estereotipada nessa coisa hiperssexualização bizarra. Foi assustador”, ela disse.

Scarlett Johansson em Homem de Ferro 2 (Reprodução)

Apesar de tudo pelo que passou no início da carreira, Johansson se mostrou bastante otimista de que atualmente as jovens atrizes não estejam passando tanto pelo tipo de experiência a qual ela foi exposta.

“Atualmente, vejo atores mais novos, em seus 20 e poucos anos, percebo que eles conseguem fazer todo tipo de coisa. É outra época também. Nós nem podemos mais estereotipar outros atores, anda bem, né? As pessoas são muito mais dinâmicas”, ela salientou.

Indústria precisa mudar

Não é a primeira vez que a atriz aponta o dedo para o machismo na indústria cinematográfica. Quando ela lançou o filme solo Viúva Negra ela fez uma declaração durante uma entrevista ao The Independent e MSN, sobre o assunto.

Viúva Negra (Scarlett Johansson) em Homem de Ferro 2 (Reprodução / Marvel)
Viúva Negra (Scarlett Johansson) em Homem de Ferro 2 (Reprodução / Marvel)

Ela destacou que há muito a se fazer ainda para que as coisas mudem, mas que a mudança precisa começar com as próprias mulheres, lutando contra as injustiças e apoiando umas às outras.

“Como mulher, você tem que ser sua própria aliada o tempo todo, porque somos subestimadas, mal-atendidas, desvalorizadas e mal pagas – você tem que ser sua própria aliada. Minha mãe me incutiu isso desde quando eu era muito, muito jovem, porque é claro que ela passou por isso ainda mais severamente do que eu”, ela afirmou.

Johansson relembrou de quando começou a atuar, ainda menina, como sua mãe precisava questionar coisas absurdas como o fato de ela receber um salário muito inferior ao dos homens.

“Mesmo quando eu era um adolescente na indústria ou uma jovem adulta, minha mãe tinha essas conversas. Tipo, ‘por que ela não está recebendo da mesma forma? Fazia parte do problema sistêmico que uma mulher não pudesse ser tão lucrativa ou atrair bilheterias”, ela lembrou.

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