O ator Dwayne Johnson, também conhecido como The Rock, é uma das maiores estrelas de cinema atualmente, porém, sua carreira começou de uma maneira quase catastrófica, no filme O Retorno da Múmia, em 2001.
Acontece que, além de ter pouquíssimas falas, o ator interpretou um personagem conhecido como Mathayus (ou Escorpião Rei), um ser híbrido que era metade humano metade escorpião.
O design da criatura, entretanto, deveria ter feito o personagem digno de seu título, mas ele acabou sendo lembrado principalmente pelo desastre com o terrível CGI.
Mas qual foi o motivo para o trabalho ter ficado tão desagradável aos olhos do público?
De acordo com uma publicação do site Screen Rant, vários problemas se somaram na construção de O Retorno da Múmia e dessa cena especificamente.
O cronograma de produção apertado e apressado que fez com que muitos dos efeitos do filme fossem concluídos no último minuto é uma das causas.
Além disso, a direção estava excessivamente ambiciosa e confiou em novas tecnologias que ainda não eram avançadas o suficiente para a produção de um filme daquele porte.
Nem mesmo a equipe de efeitos especiais estava segura e preparada o suficiente para trabalhar com aquela tecnologia.
Além disso, eles foram pressionados a cumprir prazos muito curtos antes do lançamento do filme.
A maioria das tomadas de efeitos visuais foi entregue apenas seis semanas antes da estreia, e o oásis desajeitado e autodestrutivo do clímax foi concluído apenas duas semanas antes.
Nem mesmo o diretor do filme, Stephen Sommers, tinha noção de como ficaria o CGI, e apenas se apegou ao pensamento de que suas ideias ambiciosas seriam bem executadas a tempo.
O supervisor de efeitos visuais, John Berton, revelou no DVD especial que o personagem foi inspirado na obra de Ray Harryhausen, reminiscente de Jasão e os Argonautas (1963).
A criação do Escorpião Rei foi ainda mais complicada pelo desejo de Sommers de criar algo que nunca havia sido feito antes, usando tecnologia que não era possível ao fazer o primeiro filme – A Múmia – lançado dois anos antes.
Por fim, fica claro que o Escorpião Rei era uma ideia grandiosa demais até mesmo para as melhores ferramentas de construção de efeitos digitais disponíveis naquela época.
O mais prudente teria sido utilizar um design menor, com mais membros humanos e que fosse composto de maquiagem ou captura de movimento.
Isso teria sido mais assustador e crível – e não teria virado um motivo de chacota mesmo tantos anos depois.
De todo modo, O Retorno da Múmia serviu para mostrar o que não fazer quando o assunto é CGI.
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.