Primeira cena de Chris Rock em Espiral foi inspirada em filme de Quentin Tarantino

Considerada uma das melhores cenas de Espiral – O Legado Jogos Mortais, a sequência inicial, na qual o detetive disfarçado Ezekiel “Zeke” Banks, interpretado por de Chris Rock, discute a moral que ele tirou do filme Forrest Gump, foi inspirada em Cães de Aluguel, de Quentin Tarantino.

Na cena, um grupo de ladrões escuta Zeke falando do filme, afirmando que Forrest é enrolado por Jenny por muito tempo, até que ela resolve enfim transar com ele no final de sua vida, o que faz dela a vilã do filme.

Logo foi revelado que a icônica cena teria sido elaborada pelo próprio Chris Rock, que queria criar um impacto grande na primeira vez em que seu personagem aparecia no filme.

A participação do ator com ideias para o roteiro já vem sendo comentada desde que o filme estava em produção, apesar de ele não receber crédito por isso.

Durante uma recente entrevista ao IndieWire, o diretor de Espiral – O Legado Jogos Mortais, Darren Lynn Bousman revelou que o monólogo de Rock sobre Forrest Gump, não foi idealizado somente por ele.

“Ele seria apresentado quebrando um dispensário de maconha. Ele veio até mim uns cinco dias antes das filmagens e disse: Tenho que fazer melhor, é a apresentação do meu personagem”, ele contou.

Segundo o diretor, o ator falou muito sobre Cães de Aluguel, de Quentin Tarantino, destacando a icônica cena de abertura, na qual se mostra os gangsters debatendo o significado da música Like a Virgin, de Madonna.

Chris ressaltou para Bousman o fato daquela cena humanizar os personagens antes de revelar suas profundas falhas morais e todos os crimes cometidos no filme.

“Chris é um grande fã de Cães de Aluguel. Era como uma homenagem dele. Ele veio até mim no dia seguinte depois que conversamos sobre a inauguração, entregou-me suas páginas e disse: Deve ser algo assim”, ele disse.

Chris Rock em Espiral: O Legado dos Jogos Mortais (Divulgação)
Chris Rock em Espiral: O Legado dos Jogos Mortais (Divulgação)

O cineasta disse que a partir do que o ator lhe entregou, os escritores Peter Goldfinger e Josh Stolberg escreveram a cena vista no filme, destacando que ele quis aproveitar o conteúdo de Rock pois sabe que ele tem boas ideias.

“O que é ótimo sobre Chris é que ele é muito opinativo e faz comentários espontâneos sobre personagens de filmes que fazem você pensar: Foda-se, ele está certo. Jenny é uma vilã!”, admitiu o diretor.

Bousman contou que trabalhar com Rock foi incrível, pois ele acompanha a carreira do ator há anos, vendo todos seu filmes, até os mais bobos.

“Foi uma experiência surreal porque cresci não apenas amando seus especiais de comédia, mas até mesmo os filmes bregas que ele fazia, como ‘Beverly Hills Ninja’ e ‘New Jack City”, ele assumiu.

Ele disse, ainda, que Chris deus suas opiniões durante todo o processo de composição do roteiro, para deixar suas falas do seu jeito.

“Ele pegava cenas que Josh e Pete escreveram e depois as rockificava. Ele diria: Não, é assim que eu diria”, afirmou Bousman.

O diretor disse que o processo de Rockdificação aconteceu até o fim da produção do filme, quando um detetive consultaria sobre a interação entre os policiais.

“Tivemos um detetive de homicídios que entrou e disse coisas como: Vocês estão falando inglês muito bem, ninguém em nosso departamento fala assim! Então, depois que as cenas foram Rockdificadas elas seriam detectadas”, ele assegurou.

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