Se os vampiros se tornaram os seres míticos mais populares, no cinema alguns conquistaram o coração do público de maneira impressionante, como os da saga Crepúsculo, que obtiveram uma popularidade digna de estudo de especialista.
Recentemente, a professora literária gótica, Dr. Laura Westengard, conhecida como a Especialista em Vampiros, resolveu estudar o que fazia da família Cullen, vampiros tão amados pelos fãs e para isso ela os comparou a outros sugadores de sangue famosos.
A especialista utilizou como referência para a análise, além da saga Crepúsculo, os filmes: Drácula de Tod Browning e Karl Freund (1931) e Os Garotos Perdidos, de Joel Schumacher.
Ela então, revelou em uma entrevista por vídeo para a revista americana Vanity Fair, suas conclusões sobre o que fez com que os vampiros de Crepúsculo desfrutassem de um poder cultural tão impressionante.
“Crepúsculo é um fenômeno interessante. [Edward] não é lançado como um forasteiro sedutor que devemos evitar. Mas ele e sua família representam o que devemos aspirar. Eles têm riquezas, têm carros, beleza perfeita, eles têm força. E talvez o mais importante, eles têm contenção. Porque eles são vampiros vegetarianos, e isso atingiu um acorde”, ela começou explicando.
Westengard prosseguiu ressaltando que o fato dos Cullens se identificarem a, e ao mesmo tempo, revolucionarem os vampiros tradicionais também ajudou a torná-los tão populares.
“Eles se tornaram um fenômeno cultural. Os vampiros de Crepúsculo se alinham com muitas das representações que vimos ao longo dos séculos. De outras formas, eles divergem”, ela avaliou.
Ela destaca então como os vampiros de Crepúsculo quebram uma das maiores regras desses seres míticos desde que eles foram criados.
“Quando chegarmos a (saga) Crepúsculo, vampiros tecnicamente podem sair ao sol. Não os enfraquece, mas os expõe por sua verdadeira natureza. Sua pele de diamante, no entanto, joga apenas na mesma ideia de que eles representam o auge do status, a beleza”, ela analisou.
Para deixar seus resultados mais claros, a professora literária gótica usou personagens das produções que usou como referência em seu estudo, concluindo como os Cullens se tornaram desejáveis, ao invés de temidos.
“Eles puxam a classe e a riqueza de Bela Lugosi junto com a cultura jovem chamativa dos Meninos Perdidos e criam esse novo monstro com o qual todos querem estar. Eles são o auge das aspirações capitalistas do século 21″, ela concluiu.
Toda a saga Crepúsculo (Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse, Amanhecer – parte 1 e Amanhecer – parte 2) está disponível na Netflix e Star.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
