Os dois primeiros episódios do podcast The Witch Trials of J.K. Rowling foram lançados, e a autora dos livros de Harry Potter falou sobre seus comentários vistos como transfóbicos, bem como sobre seu legado.
De acordo com o site Variety, Rowling disse que “nunca quis incomodar ninguém” com comentários vistos como uma oposição às mulheres trans.
A respeito do que os fãs disseram sobre ela arruinar seu legado com Harry Potter, ela respondeu que as pessoas que expressam tais sentimentos poderiam ter a entendido profundamente mal.
“Não ando pela minha casa pensando no meu legado”, diz a autora no primeiro episódio do podcast.
“Sabe, que maneira pomposa de viver sua vida andando por aí pensando: ‘Qual será o meu legado?’ Tanto faz, estarei morta. Eu me importo agora. Eu me importo com os vivos.”
Sobre o podcast com J. K. Rowling
The Witch Trials of J.K. Rowling é produzido pela Free Press, uma empresa de mídia fundada por Bari Weiss, que já foi redator do The New York Times. A apresentação é por conta de Megan Phelps-Roper.
O podcast procura traçar paralelos entre as polêmicas que J. K. se envolveu desde que lançou os livros de Harry Potter. Quando os livros chegaram, cristãos de extrema direita disseram que a autora estava incentivando a bruxaria.
Phelps-Roper tenta procurar relação entre o intolerantes de direita que queriam banir e queimar os livros, com ativistas trans que ameaçaram Rowling devido a seus comentários.
“O que há nessa mulher e em seu trabalho que atraiu a ira de grupos muito diferentes de pessoas ao longo do tempo?”, Phelps-Roper diz na introdução do episódio de estreia.
Para os dois primeiros episódios do podcast, Phelps-Roper entrevistou Rowling em sua casa, um castelo em Edimburgo, na Escócia. A entrevista relatou a inspiração de Rowling para criar Harry Potter e relembrou a política cultural da década de 1990.
O podcast também se tornou um lugar dos defensores de Rowling. Pamela Paul, colunista do NYT, afirmou que “nada do que Rowling disse se qualifica como transfóbico”.
Paul também disse: “(…) ela afirmou o direito a espaços apenas para mulheres biológicas, como abrigos para vítimas de violência doméstica e prisões segregadas por sexo”.
E também que a autora acredita que “a identidade de gênero autodeclarada é insuficiente” para determinar o status legal de gênero de uma pessoa.
The Witch Trials of J.K. Rowling deve ter sete episódios, e está disponível no Spotify, Apple Podcasts e outras plataformas de áudio.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.