Megan Fox quer que Garota Infernal se transforme em série de TV

Um dos grandes sucessos de Megan Fox pode voltar à tona: Garota Infernal. Pelo menos no que depender da atriz. Ela deu uma nova entrevista dizendo que adoraria transformar a história do filme B de terror adolescente em uma série de TV.

“Não acho que seja um filme difícil de fazer uma sequência”, disse Fox ao The Washington Post. “Quero dizer, eles devem torná-lo em uma série de TV. Isso seria legal”.

Logo após seu lançamento, Garota Infernal que tem o título original de Jennifer’s Body foi muito criticado, e a bilheteria pífia não ajudou a transformá-lo em sucesso. Porém, mais de 10 anos depois, o filme é considerado uma obra-prima feminista do gênero terror.

O filme estrela Fox como uma líder de torcida do ensino médio que é sacrificada a Satanás por uma banda só de homens, mas acaba possuída por um demônio e começa a matar seus colegas masculinos.

Na esteira do movimento #MeToo, muitos espectadores passaram a enxergar o filme como uma alegoria para agressão sexual e uma fantasia de vingança feminina, com sua representação de uma complexa amizade feminina (entre  as personagens de Fox e Amanda Seyfried) também recebendo elogios.

“Garota Infernal é icônico, e eu adoro esse filme. Este filme é arte, mas quando saiu, ninguém estava dizendo isso”, disparou a atriz.

Megan Fox e Amanda Seyfried em Garota Infernal
Megan Fox e Amanda Seyfried em Garota Infernal (Divulgação)

Marketing errado? 

Muitos agora apontam para a campanha de marketing do filme, que teve como alvo um público masculino, focando no apelo sexual da Fox, como uma razão para seu baixo desempenho nas bilheterias.

“O filme foi comercializado errado”, disse a roteirista Diablo Cody em uma entrevista em 2018. “Eles disseram: ‘Queremos comercializar este filme para garotos que gostam de Megan Fox. São eles que vão vê-lo’. E eu disse: ‘Não! Este filme é para meninas [também]!”

Como lembrou a diretora Karyn Kusama em 2016:

“Eles estavam tão incertos sobre realmente abraçar a realidade do filme, que é que ele foi feito por mulheres e sobre mulheres, e que o objetivo final era fazer um filme para as meninas. Para vê-los de repente fazer um filme sobre Megan Fox parecendo gostosa, eu era como, ‘Isso é desastroso! Ela seduz os caras, e então ela come seus intestinos! Como isso é atraente [para adolescentes]?'”

Na entrevista ao Post, a Fox citou essa campanha de marketing como um exemplo da misoginia que enfrentou em Hollywood na época, juntamente com uma entrevista de 2009 no Jimmy Kimmel Live que reapareceu online no ano passado.

Na entrevista, Fox falou sobre ser sexualizada em Bad Boys II com apenas 15 anos, provocando risos da plateia. (Fox esclareceu que ela nunca foi agredida ou atacada pelo diretor Michael Bay).

Fox disse ao Post que a entrevista de Kimmel “foi um microcosmo de toda a minha vida e toda a interação com Hollywood. Eu estava muito perdida e tentando entender, como eu deveria sentir valor ou encontrar propósito neste horrível, patriarcal, misógino inferno que era Hollywood na época? Porque eu já estava falando contra isso e todos, incluindo outras mulheres, me receberam de uma forma muito negativa para fazê-lo.”

Recentemente, a Fox fez seu retorno ao gênero terror com Till Death, agora em cartaz nos cinemas e em sites de vídeos sob demanda. 

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