Margaret Atwood é acusada de transfobia após compartilhar artigo

Margaret Atwood, autora de O Conto de Aia, recebeu fortes críticas por compartilhar um texto que fazia críticas à linguagem neutra. O texto compartilhado apontava o apagamento ao substituir a palavra mulher por outros termos.

A autora compartilhou um artigo de Rosie DiManno com o título “Por que não podemos mais dizer ‘mulher’? De acordo com o artigo, a linguagem neutra pode causar um ‘apagamento das mulheres’ e tornar ‘as pessoas cuidadosas ao falar, para que não sejam atacadas como transfóbicas ou de alguma forma insensível às construções cada vez mais complexas de gênero”.

O texto também aponta que “a palavra mulher estava em perigo de se tornar um palavrão” e poderia ser “riscada do vocabulário oficial, erradicada do vocabulário médico e expurgada das conversas”.

Atwood não escreveu nenhuma legenda ou comentário, mas apenas compartilhar a publicação já a tornou alvo de críticas e da acusação de transfobia. Atwood respondeu a alguns comentários dizendo “Talvez você devesse ler o artigo de Rosie?” e tentou explicar que não é o que os usuários pensam.

Entre os comentários à publicação, a autora Katie Mack respondeu:

“Ninguém está proibindo a palavra “mulher”. Muitas organizações estão – com razão – optando por uma linguagem precisa ao falar sobre coisas que têm a ver com características biológicas em vez de identidade de gênero. Não é um ataque à feminilidade NÃO igualar gênero com biologia específica”.

Uma outra usuária respondeu:

“Você pode dizer mulher ou mulheres ou senhoras ou meninas quando e como quiser. Também estamos reconhecendo que, ao discutir direitos de reprodução, biologia e muitas outras coisas, dizer ‘mulheres’ costuma ser incorreto ou totalmente excludente”.

Elisabeth Moss em The Handmaid’s Tale (Divulgação)

A partir dessa primeira postagem, Atwood começou a compartilhar artigos sobre outras questões sociais importantes. Alguns usuários a compararam com  JK Rowling, autora de Harry Potter, que também foi acusada de transfobia em um passado recente.

Além deles, um especial recente de Dave Chapelle na Netflix também levantou acusações de transfobia.

 

Carreira

Margareth Wood escreveu O Conto de Aia em 1984. Recentemente o livro passou a aparecer na lista de mais vendidos depois de ser adaptado para uma série de televisão que foi ao ar pela primeira vez no início de 2017.

A série foi criada por Bruce Miller sob encomenda da plataforma de streaming Hulu para ter 10 episódios, mas foi sucessivamente renovado e, atualmente, está na quarta temporada e já recebeu renovação para uma quinta.

A série gira em torno de uma sociedade distópica em que as taxas de fertilidade despencam devido a poluição e doenças sexualmente transmissíveis. Então, um governo totalitário organiza mulheres em classes.

As aias são enviadas para as casas das elites e submetidas a rituais de estupros para engravidarem e entregarem herdeiros aos homens e suas esposas

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