Ser gay fez ator de Meninas Malvadas temer Hollywood

Quando aceitou o papel de Brandon, um dos protagonistas no filme de Natal The Christmas House, Jonathan Bennett não tinha nem ideia do quanto aquele trabalho se tornaria significativo, não só para a comunidade LGBTQIA+, mas para ele mesmo.

Prestes a voltar as telas, como o personagem por quem se apaixonou, em The Christmas House 2, o ator relembrou com carinho, durante uma entrevista para o site americano Decider, de uma cena em especial do primeiro filme.

“Quando li aquela cena em que Brandon tem um momento com Jake onde ele está falando sobre como casais gays têm que ser perfeitos porque senão eles vão ter a aparência suja, eu literalmente comecei a chorar”, ele lembrou.

Ele prosseguiu afirmando que só se emocionou tanto, porque naquele momento ele se identificou com o personagem mais do que nunca, não só como um homem gay, mas principalmente como um ator gay.

“A razão pela qual comecei a chorar é porque me identifiquei com isso além da medida, como um ator gay em Hollywood há mais de 20 anos. Essa fala realmente ressoou comigo, porque a pressão em Hollywood para ter sucesso é monumental para um ator hétero. Quando você é um ator gay, a pressão está acima da lua porque você sente que tem que compensar e compensar o fato de que você é gay”, ele explicou.

Brandon (Jonathan Bennett) e Jake (Brad Harder) em The Christmas House (Divulgação)

Bennett também comentou sobre como antes de se assumir ele sentia mais pressão ainda, por ter que fingir ser o cara hétero perfeito, pois ele temia que se sua sexualidade viesse a tona, ele não conseguisse mais trabalhos, independentemente de ser um bom ator ou não.

“E isso foi uma grande parte dos meus 20 anos. Eu não estava publicamente (assumido) na época, então a pressão era para eu ser esse cara que Lindsay Lohan se apaixonou (em Meninas Malvadas). Eu senti que tinha que superar, para ser um ator melhor, então eu conseguiria os papéis porque eu estava com medo que se eles descobrissem que eu era gay, senão eu não conseguiria os papéis”, ele confessou.

O astro ainda destacou o orgulho que tem de fazer parte da franquia criada pelo canal americano Hallmark, que não só abriu portas para mais produções com representatividade, como fez isso produzindo um conteúdo realista.

“Estou tão orgulhoso do Canal Hallmark por serem pioneiros e não contarem apenas histórias gays, mas contarem histórias reais. E acho que é isso que diferencia o Canal Hallmark de todos os outros”, ele ressaltou.

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