Ao abrir os bastidores de suas vidas como casal membro da família real britânica em Harry & Meghan, o Duque de Sussex e sua esposa não se contiveram ao atacar a imprensa do Reino Unido, acusando-a de tratamento racista e perseguição.
Logo nos primeiros episódios da série documental da Netflix, Harry mostra ter assumido como uma missão expor inescrupulosas ações da imprensa britânica.
“É meu dever descobrir essa exploração e suborno que acontece dentro de nossa mídia”, ele afirma em uma cena.
Ao longo da série, enquanto falam sobre seu relacionamento, e a maneira como Meghan foi recebida pela família real e a mídia do Reino Unido, a ex-atriz comenta sobre a maneira terrível como ela foi tratada pela imprensa desde o início.
“Eles estão nos destruindo”, diz a atriz. Ela lembra-se de dizer sobre os paparazzi que a perseguiram, tentaram invadir o set de Suits, série dramática na qual ela atuou. Os profissionais também dormiam em carros em frente a sua casa.
Harry, por sua vez, relembrou do que disse a esposa, para tentar fazê-la entender como os tabloides do Reino Unido trabalhavam. Para ele, os jornais sempre exageravam e criavam informações e tirando comentários do contexto e se autointitulando “Correspondentes Reais” para ganhar credibilidade.
Harry relata falta de apoio da família real
O Príncipe também salientou que não pode contar com o apoio de sua família em suas tentativas de proteger Meghan dos ataques da mídia, estes considerados por eles apenas um rito de passagem para quem se junta à família real.
“Os membros da família falaram: ‘Minha esposa teve que passar por isso, então por que sua namorada deveria ser tratada de forma diferente? Por que você deveria obter proteção especial?’ E eu disse: ‘a diferença aqui é o elemento raça'”, ele relembrou.
Meghan sofreu com racismo
Optando por não citar nomes de quem teria negado uma “proteção especial” dentre seus familiares, o casal fez questão de destacar que o racismo sempre estava em foco quando a imprensa destinava atenção a Meghan, como na manchete:
“A nova garota de Harry (quase) recém saída de Compton”. Com isso insinuava-se que Meghan seria uma garota de Compton, por ser uma região que tinha pessoas em sua maioria negras.
E a vez em que David Olusoga, autor de Black and British tentou chamar atenção para seu livro que fala sobre a exploração de pessoas não-brancas na Grã-Bretanha, ressaltando a raça de Meghan:
“Quem sonhou que a Grã-Bretanha poderia ter uma princesa negra?”.
Meghan caiu no meio de todos os ataques, totalmente despreparada para passar por aquilo e sem saber como reagir. Segundo ela, enquanto crescia ninguém nunca abordou que ela poderia ter um tratamento diferente devido à sua cor.
“As pessoas não falam sobre o que é ser mestiça”, ela conclui.
Os três primeiros episódios de Harry & Meghan já estão disponíveis na Netflix. Mais três episódios serão inseridos no catálogo na próxima quinta (15).
Veja o trailer:
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.