Final de temporada de A Casa do Dragão teve planejamento milimétrico

Ryan Condal, roteirista explica porque cenas finais são emblemáticas

O último episódio da primeira temporada A Casa do Dragão foi marcado por duas mortes que deram o que falar entre os espectadores, e um dos roteiristas e diretor da atração explicou o motivo de aquele ser uma espécie de momento emblemático para a temporada.

Ryan Condal, responsável pelos roteiros, teve a ideia de usar e modificar uma passagem do livro Fogo e Sangue, de George R. R. Martin (que também é consultor da série e aprova todos os roteiros escritos), que mostra uma perseguição entre dragões.

Atenção! O texto contém spoilers do décimo episódio de A Casa do Dragão

Elliot Grihault como Lucerys ‘Luke’ Velaryon em A Casa do Dragão (Reprodução / HBO)

Lucerys Velaryon (Elliot Grihault) foi enviado por Rhaenyra (Emma D’Arcy) até Ponta Tempestade para tentar fazer Borros Baratheon (Roger Evans) se lembrar que havia feito um juramento ao pai dela, o rei Viserys (Paddy Considine) sobre apoiá-la na sucessão ao trono. Porém ao chegar no local o garoto se deparou com o primo, Aemond (Ewan Mitchell).

Como os dois já tinham uma rixa desde que Lucerys acidentalmente deixou o primo sem um olho, eles discutiram, e Lucerys foi embora voando em seu dragão Arrax. O garoto acabou perseguido por Aemond e Vhagar, que desobedeceu seu montador e acabou matando Lucerys e Arrax no ar.

“A guerra é chamada de Dança dos Dragões, e esta é a primeira luta de dragões que acontece desde a Velha Valíria. Então, o fato de ser a primeira cena [desse tipo], para mim, fez dela um ponto final quase necessário para a primeira temporada”, explicou Ryan Condal numa entrevista à Entertainment Weekly.

Segundo o profissional este é apenas um microcosmo da grande luta existente entre os verdes e os negros que guiará a série daqui em diante.

Lucerys Velaryon (Elliot Grihault) chega com Arrax em Ponta Tempestade em A Casa do Dragão

Como foi planejada cena de morte em A Casa do Dragão

Segundo Condal, antes que toda a série começasse a ser filmada, ele e sua equipe de produção desenharam cada um dos dragões, e definiram os tamanhos que eles iriam ter assim, como suas proporções, por isso o roteirista acredita que foi uma perseguição e não uma briga.

“Tornou-se menos uma luta e mais uma perseguição. Uma sequência em que um menino está sendo aterrorizado pelo maior dragão existente. É uma fuga”, disse ele citando como exemplo o filme Encurralado (1971), de Steven Spielberg.

Ewan Mitchell com Aemond Targaryen em A Casa do Dragão (Reprodução / HBO)
Ewan Mitchell com Aemond Targaryen em A Casa do Dragão (Reprodução / HBO)

Aemond tem defesa depois de tudo o que aconteceu?

Para Ryan, a pior coisa que poderia acontecer com A Casa do Dragão é ter um final de temporada precipitado ou corrida, e ele acredita que isso não aconteceu, e que os produtores conseguiram desenvolver Aemond, de um ponto de vista menos maniqueísta.

“Queríamos que fosse interessante, complexo, não apenas uma conclusão precipitada. Configuramos Aemond como um ser humano que teve uma vida difícil, sofreu bullying e perdeu um olho no processo, mas também alguém inteligente e calculista. Age por impulso mas ele não se sente como alguém que sairia e cometeria um assassinato direto sem pensar nisso”, defende.

A segunda temporada de A Casa do Dragão está prevista para estrear apenas em 2024.

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