O que poderia ser considerado por muitos cineastas uma produção confusa e bagunçada, foi o que tornou A Bruxa de Blair tão efetivo, disse Eduardo Sanchez.
Eduardo dirigiu o filme ao lado de Daniel Myrick, que segundo eles partiu da ideia de abraçar o aspecto mais realista de gravar filmes, e deixar os atores filmarem, além de estimular o improviso do diálogo.
Em entrevista para o Comic Book, Eduardo contou que percebeu que tinha uma fonte de lucros nas mãos quando gravou a cena da perda do mapa, em que os atores começaram a improvisar não só o diálogo, mas outros momentos da narrativa.
“Não era possível assistir a tudo o que estava sendo filmado, mas chegamos a ver a cena em que Mike joga o mapa no rio, foi ali a primeira vez que assistimos a algo que não estava no roteiro. Dan e eu não tínhamos colocado aquele trecho na história, e tinha funcionado bem, era envolvente falando como espectador. Pensamos: ‘Meu Deus, esse filme pode funcionar de verdade’. Mal podíamos esperar para voltar a Orlando e repassar todo o conteúdo filmado”.
Franquia ainda pode retornar, se feita do jeito certo
Eduardo também acha que a franquia pode ter espaço no cinema atual, se focada no passado e na mitologia da Bruxa, que para ele é a parte mais interessante da história:
“Eu acho que a franquia de A Bruxa de Blair deveria ter feito um caminho inverso. Poderíamos ter feito vários filmes de época com pedacinhos da mitologia e elementos da história. Mas de novo, tudo isso com uma visão única, um novo diretor, ou roteirista que vai separar o filme de tudo o que existe.”
A Bruxa de Blair (1999) está disponível no Star+. A Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras pode ser visto no Paramount+.
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.