O tornozelo quebrado de Robert Downey Jr. fez com que Homem de Ferro 3 fosse um filme ainda melhor do que estava nos planos? O produtor da Marvel Stephen Broussard afirma que sim, conforme informa o site Comic Book.
Stephen contou mais sobre os bastidores da produção do filme no recente livro The Story of Marvel Studios: The Making of the Marvel Cinematic Universe.
Robert fraturou o tornozelo enquanto filmava uma sequência do herói, em 2013. A dedicação do ator na cena do acidente foi tanta que os estúdios decidiram até mantê-la no corte final do filme!
E assim o ator entrou para a enorme lista de atores de ação machucados durante filmagens, fazendo companhia para Tom Cruise que também quebrou o tornozelo, e Daniel Craig, que continuou as filmagens de 007: Contra Spectre com uma perna fraturada.
O incidente foi uma bênção disfarçada, segundo os envolvidos no projeto. Downey Jr. precisaria ser afastado de suas atividades no filme por cinco ou seis semanas, aproximadamente, para se recuperar do osso quebrado. Ou seja: sem protagonista por 42 dias no set!
Broussard compartilhou que muitas coisas precisaram ser reorganizadas para aproveitar o tempo sem o ator. As filmagens estavam gravando cenas do confronto final, no terceiro ato do filme:
“De repente, a gente tinha espaço e tempo o bastante para sentar e pensar bem sobre como seria [o terceiro ato do filme].”
O ator ficou no banco, e as gravações continuaram com as cenas em que ele não era necessário. Ele até foi um bom jogador pelo time e voltou enquanto ainda estava em recuperação para gravar algumas cenas em que ele estaria parado.
Companhia de Efeitos Visuais precisou ser substituída
Os problemas não paravam por aí, no entanto: a empresa que era responsável pelos efeitos visuais do filme, a VFX House Digital Domain, abriu processo de falência em meio durante as gravações do projeto.
Os estúdios precisaram contratar uma substituta com urgência, e encontrou a Weta Digital, que assumiu o posto, “extremamente arrasando”, como conta o produtor.
O intervalo de convalescença de Robert também ajudou Brian Tyler, compositor do filme, que teve tempo extra para finalizar a trilha sonora da sequência.
No fim das contas, o que era para ser um acidente que iria atrasar tudo e fazer com que muito dinheiro fosse gasto sem necessidade, acabou proporcionando aos espectadores uma trilha sonora melhor, além de uma cena de clímax com efeito visuais ainda melhores do que poderiam ter sido.
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
