Shinichi “Sonny” Chiba, um ícone das artes marciais e estrela de Kill Bill, morreu de complicações do COVID-19 nesta quinta-feira (19). Ele tinha 82 anos.
O falecimento de Chiba em um hospital na cidade japonesa de Kimitsu foi confirmado por seu agente, de acordo com a Variety. Ele contraiu COVID-19 no final de julho e foi tratado sem ser hospitalizado, segundo a mídia japonesa. Ele foi hospitalizado em 8 agosto, no entanto, seu estado piorou.
O site Daily Mail noticiou que Chiba não estava vacinado no momento de sua morte.
Nascido Sadaho Maeda em Fukuoka em 22 de janeiro de 1939, o ator internacional e coreógrafo de luta tem uma carreira de mais de 60 anos e mais de 200 créditos.
O veterano astro do cinema começou seus estudos de artes marciais enquanto frequentava a Nippon Sport Science University em 1957. Diz-se que ele também treinou extensivamente para a equipe de ginástica olímpica japonesa de 1964, mas lesão no quadril o tirou da ginástica.
Ele então passou a ser aprendiz com o mestre de caratê Masutatsu “Mas” Oyama e ganhou uma faixa preta de primeiro grau em 1965. Mais tarde, ele interpretou Oyama em uma trilogia de filmes: Champion of Death, Karate Bearfighter e Karate for Life, no final dos anos 1970.
Em 1984, Chiba conquistou a faixa preta de quarto grau. Ele também era faixa preta em ninjutsu, shoreinji kempo, judô, kendo e gōjū-ryū karate.
Embora fosse principalmente uma estrela de artes marciais em filmes hiper-violentos, Chiba supostamente levava a arte de atuar muito a sério. Em um entrevista compartilhada pelo New York Post, Chiba disse:
“O corpo de um ator deve estar cheio de emoções, seja felicidade ou tristeza, dor ou alegria, enraivecido ou exultante. Você tem que se expressar com todo o corpo. Atores japoneses normalmente não fazem isso. O que estou fazendo como uma estrela de ação é o que todo ator deveria estar fazendo. Ação é drama. Se não podemos fazer o público rir, sorrir ou chorar conosco, não somos atores. Isso pode ser idealista – mas é verdade”.
Suas aspirações de excelência não passaram despercebidas pelos críticos. Em uma crítica do New York Times de 1975 sobre seu filme The Street Fighter, Chiba foi saudado como “um tipo atarracado e musculoso, que dominou uma combinação de boxe chinês e os grunhidos, gemidos, olhares sombrios e o caos de mãos e pés do caratê”
Em Kill Bill: Vol. 1, Chiba roubou cenas como o lendário Hattori Hanzo, um espadachim aposentado que fabrica uma lâmina icônica para a vingativa personagem A Noiva de Uma Thurman.
Ele deixa três filhos, que também são atores: Juri Manase, 46; Mackenyu Arata, 24; e Gordon Maeda, 21.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
