A estrela de The Office, Ellie Kemper, usou o seu Instagram para pedir desculpas e tentar se redimir de uma polêmica um tanto que inesperada, que surgiu após imagens de um concurso de beleza viralizarem na internet.
Em 1999, ainda com 19 anos, a atriz participou de concurso de beleza muito antigo, chamado de Veiled Prophet Ball, ou Baile do Profeta Velado em tradução livre.
Na época, a atriz foi coroada como a rainha do amor e da beleza daquele baile, e pareceu muito feliz com o prêmio recebido, de acordo com as imagens que circulam na internet.
Contudo, esse concurso é muito famoso por ter um histórico racista, sendo muito reconhecido por não permitir a participação de candidatas e visitantes negros em seu clube, além de barrar a entrada de judeus no evento, até o início dos anos 1980.
O baile foi criado em 1877, por famílias ricas da elite americana, sendo que um de seus criadores, Charles Slayback, era um magnata aliado aos Confederados escravistas.
A presença de Kemper no baile foi esquecida e permaneceu oculta, até a semana passada, quando imagens revelando a participação da atriz, foram divulgadas no Twitter.
A história veio à tona após alguns fãs encontrarem um artigo feito em 2014, e publicado pelo The Atlantic que revelava a participação da atriz no evento.
Após a grande repercussão negativa das fotos, Kemper fez um desabafo no seu Instagram, comentando sobre os seus privilégios enquanto mulher branca, dizendo:
“Eu lamento, denuncio e rejeito a supremacia branca. Ao mesmo tempo, reconheço que, por causa da minha raça e do meu privilégio, sou beneficiária de um sistema que tem justiça desigual e recompensas desiguais. Quero me desculpar com as pessoas que desapontei, prometo que vou ouvir e continuar me educando.”
A atriz ainda disse que era muito nova na época, afirmando não conhecer o passado preconceituoso do concurso. Porém, Kemper não se isentou de sua responsabilidade, reconhecendo que deveria saber sobre a história da premiação.
“A organização centenária que sediou o baile de debutantes tinha um passado inquestionavelmente racista, machista e elitista. Eu não estava ciente da história na época, mas ignorância não é desculpa. Eu tinha idade suficiente para ter me educado antes de participar.”
Nas redes sociais, a artista recebeu o amparo de vários fãs, sendo que muitos condenaram à cultura do cancelamento e os ataques impostos para a atriz.
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Baiano, mas nascido em São Paulo, sou fascinado pelo cinema e a cultura pop e hoje me dedico à redação do ePipoca.