Diretor de Sem Tempo Para Morrer conta o que queria para a despedida de Daniel Craig

O final explosivo de 007: Sem Tempo Para Morrer certamente foi uma primeira vez para a franquia e certamente deu algo aos fãs para discutirem.

E Cary Joji Fukunaga, diretor da despedida de Daniel Craig da franquia, sabia exatamente como ele não queria acabar o filme.

O James Bond de Craig se vai de maneira inesquecível: com uma morte impactante. O agente secreto se sacrifica para salvar o mundo e as pessoas que ama, em um ato que deixa um gosto agridoce na boca.

Em conversa com o Empire, Cary disse que tinha uma série de coisas que ele queria evitar nessa despedida da personagem, entre elas a falta de finalidade.

Ele queria deixar claro que a morte de Bond era uma coisa certa e que não havia chances para ele escapar. Ao mesmo tempo, ele não queria uma morte horrível e sangrenta para o agente secreto:

“Eu não estava tentando ser obtuso com isso. Eu queria ser bem claro com aquilo. Mas eu queria que o final fosse de bom gosto. A gente não queria aquela cena em Exterminador do Futuro 2 onde você vê a Sarah Connon se transformando em ossos. Mas nós queríamos mostrar que ele não iria pular num buraco no esgoto no último segundo. Então aquela cena filmada em plano geral da ilha sendo destruída era uma mistura de macro e micro. O efeito completo é, ‘Sim, ele se foi, mas ele conseguiu se certificar que nenhuma daquelas armas iriam funcionar no futuro’.”

Ator aceitou papel com a condição de que morresse no final

Daniel Craig (Nicola Dove/MGM)

A morte de Bond era algo que já estava no roteiro desde o início. Inclusive, esta teria sido uma condição imposta quando o ator aceitou fazer parte do primeiro filme da franquia.

Segundo o The James Bond Archives, o ator queria desde o início que sua personagem tivesse um final definitivo quando seu tempo na série de filmes acabasse. O ator teria dito o seguinte:

“Quando eu comecei como o Bond em 007: Cassino Royale, essa foi uma das discussões que a gente teve mais cedo com a Barbara [Broccoli] e o Michael [G. Wilson, responsáveis pela franquia desde os anos 90]. Eu gostaria de morrer quando eu tiver terminado com os filmes.”

Que esta ideia tenha se mantido em segredo por quase 15 anos e cinco filmes é que é o mais surpreendente! Mesmo com a morte no filme, a informação não vazou durante a produção.

A proeza se deve ao trabalho de Fukunaga, que distribuiu vários roteiros falsos em que o agente sobreviveria à explosão e teria um final feliz de comercial de margarina. O final não chegou nem a ser filmado, mas manteve o suspense até mesmo entre a equipe de produção!

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