Detetive revela que 3 mil horas de trabalho foram gastas na farsa de Jussie Smollett

Começou nesta segunda-feira (29), o julgamento do ator Jussie Smollett. Ele foi acusado de encenar um ataque de ódio contra si mesmo para chamar a atenção da mídia em 2019. Agora seus advogado estão dizendo que ele é a verdadeira vítima.

O julgamento que aconteceu no Leighton Criminal Court Building, em Chicago começou com o advogado de Jussie, Nenye Uche relatando como o crime teria acontecido, pintando um retrato dos irmãos Abimbola e Olabinjo Osundairo, acusados de atacar o astro da série Empire.

Segundo o profissional, os dois homens só atacaram seu cliente porque “não gostavam dele como pessoa”.

Entenda o caso

Em janeiro de 2019, Jussie foi a público dizer que tinha sido atacado por dois homens após sair de uma boate na cidade de Chicago.

O ator publicou fotos de seus ferimentos, e sua passagem por um pronto-socorro, dizendo ter sido vítima de homofobia e racismo.

Ele chegou a dizer que os dois homens eram brancos, que amarraram uma corda em seu pescoço, e despejaram alvejante nele, além de ofensas.

A polícia de Chicago então se mobilizou para entender melhor o crime e começou a investigá-lo, até descobrir que a agressão aconteceu sim, mas feita pelos dois irmãos citados acima, que dizem terem sido pagos (US$ 3500 em cheque) por Jussie para encenar a agressão, e assim mobilizar a mídia a seu favor.

Com isso, ele foi acusado de desperdiçar recursos da cidade de Chicago, e passou a ser processado pela polícia local, e conta com seis acusações podendo pegar três anos de prisão.

Jussie Smollett apareceu chorando em entrevista após ser indiciado (Reprodução)

Outros depoimentos

O detetive Michael Theis foi uma das pessoas que foram ouvidas no caso, e disse que mais de duas dúzias de policiais trabalharam nas investigações, gastando mais de 3 mil horas de trabalho, vasculhando 1500 horas de imagens de vídeos de segurança.

Os irmãos Osundairos também devem depor, e apresentar evidências em vídeo do ensaio feito por eles para fingir que iriam agredir Smollett. Para os investigadores, eles disseram que as instruções do ator eram claras: “façam com que pareça um linchamento, como um crime”.

De acordo com o promotor especial Dan Webb, Smollett enviou uma mensagem de texto para os irmãos que dizia, em parte: “Eu quero que vocês me ataquem, mas quando vocês me baterem, quero que parem um pouco, porque eu não”. não quero se machucar seriamente. ”

Webb disse aos jurados que Smollett “desenvolveu um plano secreto que faria parecer que realmente houve um crime de ódio cometido contra ele por partidários de Donald Trump”, de acordo com o jornal Chicago Tribune.

Enquanto isso, a defesa de Smollett argumentou que o dinheiro que o ator pagou aos irmãos foi para sessões de treinamento pessoal, não para atacá-lo. A defesa também levantou a noção de um terceiro agressor, embora nenhum outro detalhe tenha sido fornecido sobre a identidade do suposto agressor ou se há evidências para apoiar a alegação de que uma quarta pessoa estava no local naquela noite.

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