Junto com o sucesso, a série Dahmer: Um Canibal Americano causou muitas controvérsias para a Netflix.
A série não apenas gerou críticas sobre a interpretação dos personagens e por mexer nas memórias das vítimas dos crimes do serial killer, como também fez com a Netflix mudasse a categoria do programa.
A Netflix promoveu Dahmer como uma série LGBTQ+, e acrescentou os rótulos “psicológico”, “crime vintage” e “horror”. Contudo, o serviço de streaming removeu o rótulo LGBTQ+.
Em uma entrevista para o The New York Times, Ryan Murphy, o criador da série Dahmer, disse que se opôs a Netflix neste aspecto.
“A regra da minha carreira tem sido: quanto mais específico você for, mais universal você pode se tornar. Eu também não acho que todas as histórias gays tenham que ser histórias felizes. Houve um momento na Netflix em que eles removeram a tag LGBT de Dahmer, e eu não gostei e perguntei por que eles fizeram isso e eles disseram que era porque as pessoas estavam chateadas por ser uma história perturbadora. Eu reagi: ‘Bem, sim’. Mas era a história de um homem gay e, mais importante, de suas vítimas gays”.
Murphy apontou uma cena da série que ele sentiu que a série incorporava temas positivos:
“Há uma cena de cinco minutos de três surdos gays em uma pizzaria falando em linguagem de sinais sobre namoro, vida gay e quão difícil é para eles. Eu não podia acreditar que estava recebendo o dom de colocá-lo na televisão”.
A controvérsia de incluir Dahmer na etiqueta LGBTQ+ surgiu porque os usuários pensavam que a ideia principal era mostrar uma representação positiva na mídia, porém, apesar do programa incluir homens gays em papéis principais não compensava o fato de que eles foram brutalmente assassinados.
Murphy entrou em contato com pessoas próximas as vítimas
Ryan Murphy disse que entrou em contato com amigos e familiares das vítimas de Jeffrey Dahmer para uma melhor pesquisa para a série, contudo, ninguém respondeu.
“É algo que pesquisamos há muito tempo. E nós, ao longo dos três, três anos e meio em que estávamos escrevendo, trabalhando nisso, chegamos a 20, cerca de 20 das famílias e amigos das vítimas tentando obter informações, tentando conversar às pessoas e nem uma única pessoa nos respondeu nesse processo. Então, confiamos muito, muito fortemente em nosso incrível grupo de pesquisadores que… eu nem sei como eles encontraram muitas dessas coisas. Mas foi como um esforço de noite e dia para tentar descobrir a verdade dessas pessoas”.
Dahmer: Um Canibal Americano já tem mais de 856,220,000 de horas assistidas na Netflix.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.
