Continência ao Amor: Inspiração para filme é mais problemática que romântica

Apesar de ser baseado em uma obra ficcional o filme mostra uma prática real de muitos americanos

Continência ao Amor (Purple Hearts) conquistou milhares de fãs no mundo todo ao contar a história de dois jovens que se casam por conveniência, e acabam se apaixonando ao ter que conviver de verdade como um casal, o que parece uma inspiração romântica, mas na realidade não é.

Baseado no livro homônimo de Tess Wakefield, o filme conta a história de Cassie, uma garçonete tentando fazer carreira como cantora, que se casa com um militar indo para a guerra pelo convênio médico, mas acaba tendo uma vida de casada não prevista quando ele retorna ferido da guerra.

Apesar do longa ser uma obra ficcional, o elemento central dela, o qual inspirou o romance que foi feito justamente para posteriormente ser adaptado para um roteiro, é uma dura realidade de muitas pessoas.

“Bob Levy, que dirigia o negócio de TV da Alloy na época, ouviu uma história sobre casamentos militares contratados. Achamos que era um ótimo ponto de partida para um filme de romance”, contou Leslie Morgenstein, produtora de Continência ao Amor.

Nicholas Galitzine e Sofia Carson em cena de Continência ao Amor (Reprodução/Youtube)

A história foi então utilizada como base para a obra literária, escrita por Wakefield para a Alloy Entertainment, que já tinha em vista produzir o drama romântico protagonizado por Sofia Carson e Nicholas Galitzine.

A prática de casamentos por contrato militar tem se normalizado bastante nos Estados Unidos, com muitos militares usando a união civil para obter “mesadas” maiores, oferecendo em troca plano de saúde para suas esposas falsas.

Diferente do filme, na vida real isso não é nada romântico mas sim bastante problemático, já que esse tipo de contrato é considerado uma fraude e pode levar os envolvidos a sérios problemas com a justiça se forem descobertos.

Sofia Carson e Nicholas Galitzine em cena de Continência ao Amor (Reprodução/ Youtube)

A protagonista do longa vê o casamento falso de sua personagem, Cassie, com Luke, como um simples reflexo da atual realidade das pessoas que vivem nos Estados Unidos.

“Quando recebi o roteiro, cinco anos atrás, o país já não estava em um ótimo estado politicamente. Estávamos muito divididos. É por isso que Liz [Rosenbaum] e eu nos apaixonamos tão profundamente por este projeto, porque era uma história de amor linda e arrebatadora. É sobre essas duas pessoas, esses dois corações, um vermelho, um azul, que foram criados em um mundo dividido, que pelo poder do amor se unem para formar um coração roxo. E é a mensagem que eu acho que o mundo precisa agora mais do que nunca”, ela afirmou

Continência ao Amor está disponível na Netflix.

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