Uma informação dos bastidores revelou que a primeira versão de Avatar 3 tem nove horas. É comum filmes contarem com muitas horas, e receberem cortes para depois ganharem efeitos especiais.
O problema é que o diretor James Cameron está supostamente exigindo que a Disney banque os efeitos especiais em todo o material, inclusive o que será descartado.
Jeff Sneider, crítico de cinema, afirmou no podcast The Hot Mic que uma fonte relacionada à produção contou a fofoca quente para ele. De acordo com ele, o diretor já tem tudo o que precisa para começar a editar o filme:
“Alguém entrou em contato e disse que o Cameron entregou uma primeira versão de Avatar 3 semana passada. De acordo com e pessoa, sem zoeira, o negócio tinha cerca de nove horas de duração.”
James não quer pensar em quais cenas ou ângulos quer usar no filme agora, e quer que, mesmo que depois sejam descartadas, todas as cenas recebam efeitos, disse o crítico. Assim, ele terá mais liberdade em criar a versão final da produção.
“Aparentemente, ele estava insistindo em fazerem os efeitos especiais para as nove horas, completinho. Só depois ele iria editar e reduzir, em vez de ficar decidindo agora o que queria e fazer efeitos só para aquilo. Pelo menos foi isso que eu ouvi.”
Diretor brigou com estúdios por duração de Avatar 2
James é um defensor ferrenho de seu material criativo e bate o pé com a Disney para conseguir o que quer. Em outra entrevista recente, o diretor admitiu que teve momentos tensos com os estúdios para poder manter tudo o que jugava importante, mesmo que isso tornasse a atração mais longa:
“Eu acho que teve bastante tensão em torno da duração do filme. É uma narrativa linear complicada, e o pior cenário para mim e tentar encurtá-la. Se você tem uma história complexa a serviço de diversos personagens, isso é como uma série de dominós caindo: isso tem que acontecer, para que aquilo também aconteça.”
Mesmo se uma cena não for parte da história central do filme, mas ainda assim despertar uma emoção específica, ele vai querer mantê-la.
Muito do processo de edição era analisar onde a retirada de cenas não impactaria no ritmo da trama:
“Não são tramas paralelas que é possível tirá-las. A parte mais difícil de tentar encurtar um filme é manter trechos bonitos, assustadores, tensos por si só, mas que não ajudam no desenvolvimento do enredo. Alguns desses foram retirados e quando a equipe sentia que o ritmo ficava estranho, colocávamos novamente”.
Avatar: O Caminho da Água está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.