James Cameron revelou como usou grandes franquias do cinema como Star Wars e O Senhor dos Anéis como inspiração para criar o universo de Avatar.
O diretor de Avatar: O Caminho da Água concedeu uma entrevista à revista da Variety, e nela discutiu seus maiores desafios ao escrever a sequência e os futuros filmes.
“É algo perigoso contar uma história que tem muitos personagens porque isso pode retirar o foco dela. No entanto, eu só engoli em seco e aceitei esse desafio”, admitiu.
De acordo com James, as obras de George Lucas e Tolkien criaram um mundo complexo que sobrevive ao final das histórias contadas. Desta forma, com um universo estabelecido, há inúmeras possibilidades de voltar e contar outras narrativas e apresentar outros personagens, explicou:
“[O filme] tem essa paisagem épica e essa trama épica. Eu estava tentando emular um universo de Star Wars ou de O Senhor dos Anéis, algo que é um mundo que persiste e para onde as pessoas podem voltar e curtir mesmo com o passar do tempo.”
“Se você observar Os Anéis de Poder, com aquelas múltiplas narrativas e personagens interessantes, era isso que eu estava querendo que isso fosse”, disse ele.
Embora não queira se intitular melhor que os George ou Tolkien, James não pôde deixar de chamar atenção ao desafio extra que ele teve em comparação aos outros dois.
Enquanto eles tinham um texto para se basear na criação de seus universos, o cineasta afirmou que teve que ser sua própria inspiração:
“A grande diferença é que eles tinham um guia, e eu não tenho. Eu tive que escrever meu próprio Silmarillion ou O Senhor dos Anéis em forma de anotações, mas também eu não queria fazer isso sozinho. Eu sabia que iria fazer múltiplos filmes, então eu criei uma sala de roteiristas, igual alguém faria em uma série de TV.”
Série de Avatar pode acontecer?
As duas inspirações citadas por James já pularam das telonas para as telinhas, criaram séries derivadas que expandiram ainda mais suas mitologias e universos fictícios. Jon Landau, produtor de Avatar, admitiu em entrevista recente que embora não queira, nunca se sabe o dia de amanhã:
“Olha, você sabe como é, a gente não quer seguir tendências, queremos criá-las, porém nós vemos o mundo de Pandora como algo que pode ser expandido para outras coisas além dos filmes.”
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Gaúcho, graduado em Letras, apaixonado por drag e filmes e séries de terror.
