Alteração em acusação de agressão sexual alivia processo contra Harvey Weinstein

A juíza do processo contra o produtor Harvey Weinstein não aceitou solicitação de rejeição de duas acusações de agressão sexual do caso, porém ordenou que uma terceira fosse alterada, segundo informações do site Deadline.

Os advogados de Weinstein alegam que tais acusações são impedidas pelo estatuto de limitações.

Segundo divulgado a juíza Lisa Lench, sustentou a contestação da defesa, de que não há base factual para a acusação que aponta crime sexual contra o réu em 2010, porém a pedido do deputado DA Paul Thompson, alterou a acusação.

Com a alteração os promotores ficam obrigados a retornem com a acusação a um grande júri, para julgada se deve entrar no processo em andamento.

A alteração foi comemorada pelos advogados do produtor, que consideraram que o dia de tribunal acabou com boa parte do processo e por isso consideraram a audiência uma vitória.

“Você pode colocar uma bifurcação na contagem 5 – está feito. Um quinto do caso da acusação foi destruído”, garantiu um dos advogados na saída do tribunal aos jornalistas.

Detido na prisão das Torres Gêmeas no centro da cidade, sem direito a fiança, Weinstein, ganhou o direito de participar na audiência, na qual a juíza autorizou a alteração que beneficiou seu caso.

Harvey Weinstein em audiência (Reprodução)

Além da acusação alterada que deverá voltar a ser julgada para que possa fazer parte do processo, os advogados de defesa tentaram derrubar uma acusação de cópula oral forçada e outra de estupro forçado ocorrida entre 2004 e 2005.

Apesar da vantagem contada pelos advogados na saída da audiência eles perderam a solicitação de rejeição das duas acusações e um pedido para que seu cliente pudesse utilizar roupas civis nas audiências.

A defesa alega que as roupas marrons de prisão, utilizadas na última audiência, podem ser prejudiciais ao réu, por ele ser filmado como um presidiário, influenciando negativamente a opinião pública.

“Aparecer no tribunal com um macacão amarrotado da prisão do condado de LA priva o réu da presunção de inocência porque o faz parecer culpado”, afirmou um dos advogados.

Weinstein, que já é condenado como criminoso sexual por um processo em Nova York no ano passado, chegou a se confessar culpado pelas atuais acusações, que o levarão de volta ao tribunal para uma audiência pré-julgamento em 13 de setembro.

O caso que está sendo julgado conta com quatro acusações de estupro forçado e cópula oral forçada, duas acusações de agressão sexual por contenção e uma contagem de penetração sexual pelo uso da força contra o produtor.

Os ataques sexuais praticados por Harvey Weinstein de 2004 a 2013 vitimizaram cinco mulheres.

O julgamento do processo de agressão sexual contra ele ainda não foi agendado.

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