O filme Viúva Negra foi lançado nesta sexta-feira, 9 de julho, nos cinemas do mundo todo e chegou com uma importante mensagem de sua protagonista, Scarlett Johansson, que aproveitou o momento para fazer um protesto.
A atriz apontou a importância de se lutar contra o machismo que ainda existe da indústria cinematográfica, evidenciado pela maioria dos papéis representados por mulheres e a maneira como elas são sempre sexualizadas.
Em entrevista ao The Independent e MSN, ela destacou que muito precisa ser feito para que as coisas mudem, mas que a mudança precisa começar com as próprias mulheres, lutando contra as injustiças e apoiando umas as outras.
“Como mulher, você tem que ser sua própria aliada o tempo todo, porque somos subestimadas, mal-atendidas, desvalorizadas e mal pagas – você tem que ser sua própria aliada. Minha mãe me incutiu isso desde quando eu era muito, muito jovem, porque é claro que ela passou por isso ainda mais severamente do que eu”, ela afirmou.
Ela relembrou do iniciou da sua carreira, quando ainda era uma menina, como sua mãe precisava questionar coisas absurdas como o fato dela receber um salário muito inferior ao dos homens.
“Mesmo quando eu era um adolescente na indústria ou uma jovem adulta, minha mãe tinha essas conversas. Tipo, ‘por que ela não está recebendo da mesma forma? Fazia parte do problema sistêmico que uma mulher não pudesse ser tão lucrativa ou atrair bilheterias”, ela lembrou.
Johansson ressaltou como sua mãe foi importante como incentivo para que ela sempre buscasse o valor que merecia por seu trabalho, indiferente de seu gênero.
“Minha mãe recusou isso e me inspirou: Não, você tem que lutar contra isso. Você é desejável por causa do seu trabalho e é aí que está o seu valor. Está no seu talento. Não tem nada a ver com o seu gênero e não deixe ninguém fazer você se sentir assim. É realmente uma luta constante. Ainda estou nessa luta maldita. Todas nós estamos”, ela salientou.
Na sequência, em uma conversa com o Yahoo Entertainment, a atriz comentou sobre a importância de campanhas como #MeToo, que acontece desde 2017 contra o produtor Harvey Weinstein, que foi acusado de abusar sexualmente de inúmeras mulheres com quem trabalhou.
Ela contou que quando o movimento MeToo veio à tona, a Marvel estava iniciando o desenvolvimento do filme Viúva Negra e que ela não pode deixar de abordar isso durante o processo de produção do filme.
“Tivemos que comentar sobre o que é esse movimento incrível de mulheres apoiando outras mulheres e passando por essas experiências compartilhadas de trauma do outro lado, realmente avançando e apoiando umas às outras. No início de uma conversa realmente séria sobre o que poderia ser isso, foi bem no início do movimento #MeToo e senti como se você não pudesse perder a oportunidade de fazer uma comparação entre essas duas coisas”, ela revelou.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
