1922 | Por que final do filme é diferente do livro de Stephen King?

Diretor fez alteração para que ficasse mais do seu gosto pessoal como espectador

Por que mexer em algo que já está perfeito? Zak Hilditch decidiu que, apesar de adaptar o mestre do terror Stephen King, ele daria seu próprio toque à história. O cineasta dirigiu e escreveu o roteiro de 1922, inspirado em um conto de King de mesmo nome.

Na trama, um fazendeiro vivido por Thomas Jane planeja junto com seu filho matar a esposa.

Thomas Jane como Wilfred em 1922 (Reprodução)
Thomas Jane como Wilfred em 1922 (Reprodução)

A história do livro apresenta um final bem claro e que não deixa dúvidas do desfecho da história, porém Zak decidiu que sua versão dos acontecimentos seria diferente.

“Na minha cabeça eu sempre tive uma ideia bem clara de como seria a forma que a história terminaria no filme”, explicou ao Comic Book.

Para o cineasta, um filme é muito mais interessante se deixar o final aberto o suficiente para que cada pessoa que o assista possa formular sua própria versão do final:

O diretor disse que se aproveitou do fato de o protagonista Wilfred não conseguir discernir ilusão e realidade para apostar em uma interpretação diferente do final.

“A beleza da história é o narrador que não pode ser confiado, pois não dá para saber se aquilo está acontecendo de verdade com ele ou não, e esse foi o ponto exato que eu queria explorar no filme”, disse ele.

“No livro, no final, existe um final bem definitivo, e eu não queria seguir aquele caminho no filme. Eu pensei sobre isso: eu gosto de filmes que te dão pistas o suficiente mas deixam as coisas sujeitas à sua própria interpretação, e era isso que eu queria fazer.”

“Eu não queria deixar tudo amarradinho com um laço de fita em cima sobre o que exatamente estava acontecendo com o Wil”, concluiu.

Muito da história original precisou ser cortado

Thomas Jane como Wilfred em 1922 (Reprodução)
Thomas Jane como Wilfred em 1922 (Reprodução)

Não foi só o final que foi mudado na adaptação; outras partes importantes foram deixadas de fora em detrimento da duração do filme.

Segundo Zak, mesmo sendo apenas um conto, havia elementos demais na trama para que tudo pudesse ser passado para as telonas:

“Alguns personagens precisaram ser cortados da história, porque mesmo tendo apenas 110 páginas, o conto é uma história épica. Tinham coisas demais que eram ótimas sobre aquele mundo e as pessoas que entraram na vida de Wilfred e não dava para colocar tudo em um filme de menos de duas horas. Você tem que tomar algumas decisões bem difíceis, especialmente quando tudo na história é tão rico e tão bom.”

Confira o trailer oficial do filme aqui:

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1922 está disponível na Netflix.

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