Wolfgang Petersen, diretor de A História Sem Fim, morre aos 81 anos

Petersen dirigiu outros sucessos como Linha de Fogo, Força Aérea Um, Mar em Fúria e Tróia

Nesta terça-feira (16), foi divulgada a morte de Wolfgang Petersen, conhecido por dirigir o clássico A História Sem Fim, aos 81 anos, de câncer no pâncreas

Segundo o Deadline, Petersen faleceu nos braços de sua esposa, Maria Antoinette, em sua residência em Brentwood na sexta-feira (12).

Nascido em 14 de março de 1941, sua carreira cinematográfica começou na Alemanha nas décadas de 1960 e 1970 com curtas-metragens e filmes de TV antes de chamar a atenção de Hollywood com O Barco.

Com O Barco, de 1982, Petersen foi indicado ao Oscar, como também a seis Emmys, BAFTA e DGA.

Outros sucessos do diretor foram A História Sem Fim, de 1984, Inimigo Meu, de 1985, seu impressionante currículo inclui filmes de ação como Na Linha de Fogo, de 1993, Outbreak, de 1995, Força Aérea Um, de 1997, Mar em Fúria, de 2000, Troia, de 2004, e Poseidon, de 2006.

Petersen também foi cotado para dirigir Harry Potter e a Pedra Filosofal, contudo, ele acabou recusando o cargo e o filme foi dirigido por Chris Columbus.

Atreyu (Noah Hathaway) e Falkor em A História Sem Fim (Reprodução)
Atreyu (Noah Hathaway) e Falkor em A História Sem Fim (Reprodução)

Retrospectiva

De acordo com o ComicBook, Wolfgang Petersen fez uma retrospectiva de sua carreira em uma entrevista para a emissora alemã Deutsche Welle, em que falou dos filmes que mais se orgulhava e os que mais se decepcionou.

“Estou muito orgulhoso de Mar em Fúria. Esse foi um conceito muito difícil de passar pelo sistema de estúdio porque era muito caro. Foi a maior tempestade já mostrada. E a história – quero dizer, seis caras no barco Andrea Gail, que, no final, como todos sabemos, morrem”.

“Recebemos muitas ligações de pessoas que diziam: ‘Wolfgang, não seja louco. Isso não pode funcionar. Este é um filme de verão, um filme de US$ 150 milhões. E todos eles morrem no final? Você está louco? Você pode pelo menos fazer um, como Mark Wahlberg, sobreviver no final?’ Mas conseguimos. Terry Semel [então presidente da Warner Bros.] disse: ‘Não mude nada, Wolfgang'”.

Quanto ao filme que mais lamentou, ele nomeou Poseidon. “O que eu provavelmente não deveria ter feito é o filme Poseidon. Eu estava em alta naquela época”. Ele continuou:

“Na Linha de Fogo, Outbreak, Força Aérea Um, Mar em Fúria, Tróia – eu fiz todos esses filmes seguidos, e cada um teve mais sucesso do que o anterior. Cinco seguidos. Então eles disseram: ‘O Wolfgang pode fazer qualquer coisa. Basta dar a ele todo o dinheiro, ficaremos bem’. Mas não foi. Eu não deveria ter feito isso, porque simplesmente não funciona assim. Em algum momento você falha”.

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