Parece que a onda de cinebiografias recentes acendeu um alerta na cabeça de Whoopi Goldberg. A atriz se antecipou a qualquer possível intenção de produtores cinematográficos e deixou claro que não quer ter sua vida contada nas telonas.
O assunto veio à tona em um recente episódio do talk show americano The View, do qual a estrela de Mudança de Hábito é uma das apresentadoras. A mesa de apresentadores falava sobre o filme Blonde, do diretor Andrew Dominik, releitura da vida de Marilyn Monroe.
O apresentador Sunny Hostin sugeriu que, depois de Goldberg morrer, haverá uma corrida na indústria cinematográfica para produzir uma cinebiografia: “Parece macabro, mas eu estava falando com Whoopi, que ela é tão famosa que, quando falecer, as pessoas vão fazer filmes”.
Nesse momento Goldberg surpreendeu a todos, ao revelar que já está precavida quanto ao assunto. Ela já registrou em seu testamento uma cláusula específica que proíbe a produção de filmes sobre sua vida sem o total consentimento de sua família.
“Na verdade, eles não vão fazer filmes, porque no meu testamento diz: ‘A menos que você fale com a minha família, experimente'”, ela provocou.
Sobre ela não, mas sobre os outros…
A atriz tem usado de sua fama e credibilidade em Hollywood, para contar as histórias de outras pessoas na tela. O recente filme produzido e estrelado por ela tem foco na vida de Emmett Till e sua mãe, Mamie.
O longa retrata a história de Till, um jovem negro vítima de um linchamento aos 14 anos, no Mississippi, em 28 de agosto de 1955, acusado de assoviar para Carolyn Bryant Donham. A jovem branca, denunciou o suposto ato do rapaz para os autores do crime, seu marido, Roy Bryant, e seu cunhado, J.W. Milam.
O assassinato de Till acabou totalmente impune, após os homens brancos que o espancaram até a morte serem absolvidos. Donham sequer ser indiciada por seu papel no linchamento.
Whoopi pede justiça por caso de linchamento e injúria
Em uma entrevista recente, Whoopi Goldberg falava sobre o filme, quando se mostrou chocada pela mulher que provocou o assassinato ter saído totalmente ilesa.
“Eu não a quero na cadeia, mas a quero na frente de um juiz e júri. Quero que ela admita o que fez e que parte teve. E então, você sabe, para mim, isso seria perfeito, em vez de ainda tentar esconder o que ela fez”, ela ressaltou na ocasião.
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Gaúcha, formada em Jornalismo e Pedagogia, crocheteira,”mãe” da dog Katy, apaixonada por filmes e séries de gêneros variados e por escrever. Sou redatora do site E-Pipoca especialista em cultura pop, cinema, streaming e TV.
