Thandiwe Newton elogia abordagem crítica de raça de Watchmen

Prestes a estrear seu mais recente trabalho, o filme Caminhos da Memória (Reminiscence), a estrela de Westworld, Thandiwe Newton elogiou em uma recente entrevista a abordagem crítica de raça da série da HBO, Watchmen.

A atriz comentou sobre o impacto do programa, durante uma entrevista ao site americano ComicBook, ressaltando a genialidade de seus criadores, em incorporarem o Massacre de Tulsa na trama.

“Ouça, Watchmen é uma história em quadrinhos estabelecida que as pessoas amam, mas os cineastas, o fato de incorporarem o Massacre de Tulsa a isso como uma história original é genial. E como a América pode estar questionando a Teoria Crítica da Raça? Como? Como? Por quê? Quando literalmente, esse é um exemplo de Teoria Crítica da Raça, é trazer Tulsa para uma história, uma história de super-herói, que se passa no futuro e mostrar como isso nos afetou agora e como poderia nos afetar no presente e no futuro. É genial!”, ela enalteceu.

Regina King em Watchmen (Reprodução)

Ela prosseguiu sua declaração entusiasmada, destacando a importância da arte na vida das pessoas, principalmente quando ela é utilizada para expressar o livre pensamento.

“Nossas vidas dependem da arte de uma maneira diferente. Quero dizer, literalmente nossas vidas dependem da arte, porque a arte está sendo removida de nós. É… Lentamente, mas certamente, há um desejo de remover a liberdade de pensamento. E se as artes não são liberdade de pensamento, eu não sei o que é. Ok?”, ela explicou.

Newton apontou como a arte é uma reavaliação da história e o quanto é necessária na evolução humana.

“As artes estão lutando por sua vida. Muitas pessoas não percebem. Você quer tirar a Teoria Crítica da Raça? Você basicamente está tirando a maior parte da arte, porque arte tem tudo a ver reavaliar a história. E se você não quiser reavaliar a história de um ponto de vista étnico, você não faz parte da raça humana”, ela opinou.

Ela finalizou a entrevista salientando a importância dos artistas, como pessoas que oportunizam a liberdade de pensamento por levarem a vida real para dentro da arte.

“Então, acho que devemos ter muito cuidado ao proteger nossos artistas. Nossos artistas são nossos lutadores pela liberdade. Eles são nossos xamãs porque têm uma conexão. Os artistas têm uma conexão com o existencial lá fora. Nem todos eles. Alguns deles são apenas charlatães que apenas querem ter sexo com jovens, o que me dá vontade de vomitar. Mas a arte é um lugar onde podemos apenas pontificar e imaginar, e precisamos proteger nossos artistas”, ela concluiu.

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