Stranger Things é uma série de ficção, mas algumas história são baseadas em histórias reais. E o caso do artista Damien Echols serviu de inspiração para o arco de Eddie Munson (Joseph Quinn).
Apesar de aparecer na quarta temporada de Stranger Things por muito pouco tempo, Eddie conquistou o coração dos fãs, principalmente por pensar fora da caixa e seu final heroico.
Ao longo da trama, o público viu como o personagem mal visto na Hawkins High School, muitas vezes julgado com alguém ligado ao “satânico” por jogar Dungeons and Dragons e pelos seus gosto musicais.
Eddie acabou conectado ao brutal assassinato de Chrissy Cunningham (Grace Van Dien), e se viu forçado a fugir não somente da polícia, mas também de vários moradores furiosos de Hawkins.
A história real por trás do arco de Eddie Munson
Segundo o Looper, a conta oficial da Netflix Geeked no Twitter, revelou que a história de Eddie Munson se baseia vagamente na história de Damien Echols e mais outros dois jovens.
STRANGER THINGS 4’s Hellfire Club storyline — and especially the character Eddie Munson — were inspired by the documentary series PARADISE LOST.
Eddie is loosely modeled after writer and artist Damien Echols, who was a member of the West Memphis Three. pic.twitter.com/nyUnvZ5B8x
— Netflix Geeked (@NetflixGeeked) May 28, 2022
Echols, Jessie Misskelley, Jr. e Jason Baldwin foram condenados no início dos anos de 1990 por matar três meninos de oito anos no Arkansas.
Assim como Eddie, Damien era um jovem metaleiro, rejeitado socialmente e muitos acreditavam que ele tinha interesse no satanismo.
A prisão dos jovens foi visto como um erro grosseiro da justiça, principalmente por conta do “pânico satânico” da década de 1980. O julgamento de Damien contou até com a presença de especialistas em cultos.
Além disso, houveram vários questionamentos sobre as roupas e os gostos musicais de Damien, e serviram como indicadores de que ele era afiliado de algum culto satânico. Em 1994, ele foi condenado à morte, enquanto os outros dois a prisão perpétua.
O caso gerou comoção e interesse da mídia, e não demorou para que pessoas surgissem tentando provar a inocência de Damien e dos outros condenados. Até mesmo celebridades como Eddie Vedder e Johnny Depp se uniram à causa.
O caso ganhou ainda mais notoriedade em 1996 com o lançamento de Paradise Lost: The Child Murders at Robin Hood Hills da HBO. O documentário relatou a forma como os jovens foram falsamente acusados do crime.
A Suprema Corte do Arkansas finalmente concordou com uma audiência depois que novas evidências vieram à tona e, em 2011, Echols e os outros dois foram libertados da prisão depois de 17 anos da condenação.
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Formado em Administração e Psicologia, e também fez curso de desenho. Fã de games, desenhos animados, séries e filmes.