Série da Netflix faz justiça reabrir caso de desaparecimento após 40 anos

Caso nunca foi solucionado e permanece em aberto até hoje, sem progresso

A Garota Desaparecida do Vaticano, minissérie documentário da Netflix, reacendeu as chamas da investigação de Emanuela Orlandi e fez a justiça reabrir o caso de 1983.

Lançado em outubro, desde então milhares de espectadores acompanharam toda a atração, apresentando algumas situações que se conectaram diretamente ao caso, além de contar com novos depoimentos que envolvem um clérigo do Estado eclésiástico.

Sem novos avanços desde 2019 a comoção do público e as informações detalhadas no documentário despertaram o interesse da justiça do Vaticano, que anunciou na última segunda-feira (09) que reabriria as investigações sobre o desaparecimento de Emanuela (via Forbes).

Emanuela Orlandi (Reprodução/Netflix)
Emanuela Orlandi (Reprodução/Netflix)

Matteo Bruni, porta-voz da cidade-Estado, informou em comunicado à imprensa que o promotor do Vaticano Alessandro Diddi irá iniciar novos interrogatórios sobre o caso “devido a pedidos feitos pela família em vários lugares”.

Embora a decisão ainda não tenha chegado aos ouvidos da família da vítima, Laura Sgro, advogada que representa os Orlandi, disse em nota pública que o irmão da moça creditou a reabertura das investigações como “um ótimo começo”.

Pietro, irmão de Emanuela, pediu a uma firma de advogados Italianos que abrissem um pedido de adição ao caso do desaparecimento da moça. De acordo com eles, Mirella Gregori, de 15 anos, desapareceu no mesmo verão que a vítima.

Há quatro anos, o corpo da moça teve uma busca nas tumbas do Cemitério Teutônico do Vaticano, sem nenhum resultado concreto.

Entenda o desaparecimento de Emanuela Orlandi retratado na Netflix

Emanuela Orlandi (Reprodução/Netflix)
Emanuela Orlandi (Reprodução/Netflix)

Ercole Orlandi, pai de Emanuela, era funcionário do Vaticano, e ele e sua família moravam dentro da Cidade. A moça recebeu registro como desaparecida no dia 22 de junho de 1983. Desde então, não voltou da aula de flauta que foi receber em Roma.

Desde então, múltiplos túmulos e jazigos foram exumados em Roma e no Vaticano em busca do corpo da moça desaparecida. Entre elas incluiram-se tumbas de membros de gangues italianas. Sem nunca ter encontrado Emanuela viva ou morta, o caso ganhou uma série de teorias da conspiração, algumas sem sentido.

Por exemplo, uma das teorias, que não é embasada em qualquer tipo de evidência, é a de que a menina Orlandi teria sido vítima de assassinato como uma trama para libertar da prisão Mehmet Ali Agcam, que atirou no Papa João Paulo II. O criminoso foi condenado a 19 anos de prisão em instituições prisionais da Itália pelo crime.

A Garota Desaparecida do Vaticano tem apenas 4 episódios e está disponível na íntegra na Netflix.

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