Você já imaginou trocar de lugar com um cantor famoso e viver a vida dele como se fosse a sua? Essa é a premissa de Rodeio Rock, filme nacional que estreou na última quinta-feira nos cinemas.
O enredo gira em torno da dupla de amigos Hero (Lucas Lucco) e Nelson (Felipe Hintze) também conhecido como Pança. Os dois são roqueiros raiz, que sem espaço e oportunidade para mostrar o que sabem fazer nas guitarras e baterias, ganham a vida como vendedores de uma loja de equipamentos musicais.
Não demora até um deles perder o emprego, e ambos tenham que se contentar a fazer shows em festas particulares com pagamento ruim, e sem a valorização tão almejada.
Tudo muda quando Sandro Sanderley (Lucas Lucco) considerado o maior sertanejo do país sofre um acidente e não consegue cumprir sua agenda de shows. A semelhança entre Sandro e Hero é notada pelo pai e pelo empresário do primeiro e ambos propõem que o roqueiro se passe pelo ídolo do momento.
Felipe Folgosi, que já brilhou nas novelas, e há um tempo se dedica a contar histórias através das revistas em quadrinhos, é quem assina o roteiro simples, porém divertidíssimo, com direção de Marcelo Antunez (Procura-Se/ HBO Max).
O enredo não inventa a roda, e o público certamente conhece essa premissa de obras populares na TV como A Usurpadora e mais recentemente em Um Lugar ao Sol, porém em Rodeio Rock não existe o drama, e nem uma explicação biológica para a semelhança entre os artistas.
Hero incialmente zomba do público sertanejo, e há aqui uma crítica ainda que leve de todo o aparato pessoal, tecnológico e o luxo por trás da vida de um sertanejo cercado de pessoas que fazem tudo por ele refletindo no comportamento mimado, porém, logo o filme ensina algumas lições ao protagonista.
Ele também ganha um interesse romântico através de Lulli (personagem de Carla Diaz), uma jovem produtora, que teve o coração partido por Sandro Sanderley, que acaba de voltar de Londres e passa a desconfiar das novas posturas do cantor.
Logo de cara o filme lembra uma série, a agilidade com a qual as cenas se desenrolam está intimamente ligada ao público e às novas formas de consumo de mídia.
Todas as piadas, e situações que caberiam numa sitcom conversam com os novos tempos, faz rir sem ofender, sem diminuir e não se perde minutos mais que o necessário com histórias que não se desenvolvem. Não espere ver no filme grandes reflexões de vida, Folgosi aqui entendeu que precisava fazer o público se divertir em primeiro lugar.
Se você gosta de sertanejo, vai amar esse filme, e se não gosta, é capaz que goste do filme mesmo assim, porque ele mostra que assim como o mundo do rock n’ roll pode se conectar com o ambiente rural sertanejo, pessoas diferentes, com propósitos diferentes podem alcançar seus objetivos da forma diferente da qual sonharam ou idealizaram.
Outros atores como Charles Paraventi, Paula Cohen e o próprio Felipe Folgosi estão brilhantes em seus papéis.
Confira o trailer:
E nosso veredicto de Balde de Pipoca foi:
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Natural de Belo Horizonte, publicitário, especializado em produção multimídia, rádio e TV, e marketing estratégico. Atua com marketing desde 2010, e com entretenimento desde 2015. Adora roteiros, técnicas audiovisuais e bastidores de grandes produções.