Rodeio Rock mistura universos da música com um único propósito: fazer rir

Longa protagonizado por Lucas Lucco, Carla Diaz e Felipe Hintze é oásis diante da falta de comédias nacionais

Você já imaginou trocar de lugar com um cantor famoso e viver a vida dele como se fosse a sua? Essa é a premissa de Rodeio Rock, filme nacional que estreou na última quinta-feira nos cinemas.

O enredo gira em torno da dupla de amigos Hero (Lucas Lucco) e Nelson (Felipe Hintze) também conhecido como Pança. Os dois são roqueiros raiz, que sem espaço e oportunidade para mostrar o que sabem fazer nas guitarras e baterias, ganham a vida como vendedores de uma loja de equipamentos musicais.

Não demora até um deles perder o emprego, e ambos tenham que se contentar a fazer shows em festas particulares com pagamento ruim, e sem a valorização tão almejada.

Agnaldo (Charles Paraventi), Pança (Felipe Hintze) e Hero (Lucas Lucco) em Rodeio Rock
Agnaldo (Charles Paraventi), Pança (Felipe Hintze) e Hero (Lucas Lucco) em Rodeio Rock (Reprodução/ YouTube)

Tudo muda quando Sandro Sanderley (Lucas Lucco) considerado o maior sertanejo do país sofre um acidente e não consegue cumprir sua agenda de shows. A semelhança entre Sandro e Hero é notada pelo pai e pelo empresário do primeiro e ambos propõem que o roqueiro se passe pelo ídolo do momento.

Felipe Folgosi, que já brilhou nas novelas, e há um tempo se dedica a contar histórias através das revistas em quadrinhos, é quem assina o roteiro simples, porém divertidíssimo, com direção de Marcelo Antunez (Procura-Se/ HBO Max).

O enredo não inventa a roda, e o público certamente conhece essa premissa de obras populares na TV como A Usurpadora e mais recentemente em Um Lugar ao Sol, porém em Rodeio Rock não existe o drama, e nem uma explicação biológica para a semelhança entre os artistas.

Hero (Lucas Lucco) em Rodeio Rock
Hero (Lucas Lucco) em Rodeio Rock (Reprodução/ YouTube)

Hero incialmente zomba do público sertanejo, e há aqui uma crítica ainda que leve de todo o aparato pessoal, tecnológico e o luxo por trás da vida de um sertanejo cercado de pessoas que fazem tudo por ele refletindo no comportamento mimado, porém, logo o filme ensina algumas lições ao protagonista.

Ele também ganha um interesse romântico através de Lulli (personagem de Carla Diaz), uma jovem produtora, que teve o coração partido por Sandro Sanderley, que acaba de voltar de Londres e passa a desconfiar das novas posturas do cantor.

Logo de cara o filme lembra uma série, a agilidade com a qual as cenas se desenrolam está intimamente ligada ao público e às novas formas de consumo de mídia.

Lulli (Carla Diaz) em Rodeio Rock
Lulli (Carla Diaz) em Rodeio Rock (Reprodução/ YouTube)

Todas as piadas, e situações que caberiam numa sitcom conversam com os novos tempos, faz rir sem ofender, sem diminuir e não se perde minutos mais que o necessário com histórias que não se desenvolvem. Não espere ver no filme grandes reflexões de vida, Folgosi aqui entendeu que precisava fazer o público se divertir em primeiro lugar.

Se você gosta de sertanejo, vai amar esse filme, e se não gosta, é capaz que goste do filme mesmo assim, porque ele mostra que assim como o mundo do rock n’ roll pode se conectar com o ambiente rural sertanejo, pessoas diferentes, com propósitos diferentes podem alcançar seus objetivos da forma diferente da qual sonharam ou idealizaram.

Outros atores como Charles Paraventi, Paula Cohen e o próprio Felipe Folgosi estão brilhantes em seus papéis.

Confira o trailer:

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