O filme Quase Famosos, lançado em 2000, conta a história de William Miller, um jovem jornalista de música, que acompanha a turnê da banda Stillwater. A cobertura era feita para a revista Rolling Stone dos Estados Unidos.
A trama é baseada em fatos reais e conta um pouco das vivências do diretor Cameron Crowe, que trabalhou não só para a referida revista como também acompanhou outras grandes bandas como Led Zeppelin e Eagles.
No filme alguns personagens fizeram referências a groupies, como Pennie Lane Trumbull e Pamela des Barres.
Pamela, inclusive, chegou a dizer que Quase Famosos foi um problema para ela, pois estragou os planos que ela tinha de lançar um filme sobre a sua própria vida.
Ela contou à Revista Vulture, em 2020, que pretendia contar sua história em um filme desde os anos 1990. Seu objetivo era utilizar os livros biográficos que lançou para embasar o roteiro. Ela acreditava que um filme desse tipo seria muito mais profundo no que diz respeito ao toque de realismo.
“Não digo que Quase Famosos não foi um bom filme. Trouxe um olhar positivo à musa-groupie. E tento redimir a palavra ‘groupie’ por boa parte da minha vida. Mas fiquei pasma, pois a personagem era mais eu do que Bebe Buell ou Pennie Trumbull. Parecia muito mais comigo”, disse ela.
Quase Famosos atrapalhou filme de Pamela des Barres
Depois de ter toda a história contada em Quase Famosos, o filme de Pamela acabou ficando desinteressante, já que não havia mais novidade para ser mostrada.
A situação ficou tão tensa que até mesmo o próprio Cameron Crowe se desculpou com Pamela.
“Ficou impossível vender meu filme. Eu confrontei Crowe após o filme sair e ele meio que me dispensou. Mas eu o vi há alguns anos, e ele pediu desculpas. Perguntou o que poderia fazer para compensar a situação e eu falei: ‘eu deveria ter sido uma consultora do filme’”, relembrou ela.
Pamela sente raiva do filme?
Pamela des Barres afirmou à Vulture que não sente raiva do filme, porém, ele não apresenta uma história realista sobre as groupies, mas uma ideia falsa criada pelos estadunidenses.
Ela chegou até mesmo a criticar a cena na qual Penny Lane tenta se matar depois que o guitarrista Russell Hammond a rejeitou.
“Aquilo me deixou com tanta raiva. Aquela personagem, a groupie como ela interpretou, é patética. Conheci todas as principais groupies no auge e nenhuma delas faria isso. Sempre havia alguém vindo para a cidade. Nenhuma musa-groupie que ama música faria algo assim. Eu era maior de idade. Sempre cuidaram de mim. Sempre me trataram bem. Todos foram incríveis comigo. Eu era uma mulher fazendo o que queria, isso era feminismo para mim”, desabafou.
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.
