Existe uma certa diferença na forma como American Horror Story e seu spin-off, American Horror Stories, se comportam no que diz respeito ao desfecho de suas respectivas narrativas na televisão.
Enquanto as revelações sombrias da série original funcionam bem por causa da duração de sua temporada – que dá tempo para a história se desenvolver bem até o momento do clímax e depois lidar com as consequências –, o spin-off ainda está tentando encontrar um equilíbrio entre sua identidade e o quanto copia a antecessora.
Acontece que American Horror Stories parece ainda necessitar de muito esforço para chocar o público já que não é genuinamente chocante em si mesma.
Os episódios de queima lenta geralmente são culpados disso, indo em direção a uma tentativa final de compensar os desenvolvimentos graduais, como se discute a seguir:
Drive dá uma nova reviravolta em uma velha lenda urbana, mas não alcança o objetivo
Em Drive, a garota do clube Marci (Bella Thorne) vive uma famosa lenda urbana. Depois de uma noite fora, ela se vê sendo seguida por um motorista piscando seus faróis altos. Segundos depois, ele bate em seu carro.
Ela foge e tenta descobrir quem foi seu agressor, o que a leva a Paul (Nico Greetham), cuja intenção era apenas alertá-la sobre alguém no banco de trás e não persegui-la.
A questão é que nunca houve um assassino no banco de trás; o que Paul viu foi uma vítima drogada. Marci injeta um tranquilizante em Paul, afirmando-o como sua próxima vítima.
Devido à lentidão da narrativa, não acontece muita coisa por um tempo depois disso, e uma revelação anterior, que vem antes dos dez minutos finais, teria subvertido a história familiar que é contada.
Teria feito sentido temático entrar na mente assassina de Marci mais cedo. O que não ajuda são as motivações dela.
Ela passou a vida inteira sofrendo um intenso bullying por possuir uma marca de nascença no rosto. Ela usa maquiagem para escondê-lo e fica com praticamente qualquer pessoa que ela queira enquanto está nos clubes. Não há nada que a faça parecer pequena.
Dois episódios seguintes sucumbem a problemas finais como Drive. Mas o final dessa temporada acaba perdendo o brilho porque ele insiste em dois plot twists para encerrar as coisas.
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Um Psicólogo que estuda Medicina, ensina inglês, toca piano, ama escrever e tem um gato. Atuo como redator especializado em assuntos da cultura pop como filmes, séries de TV e streaming, animes e variedades relacionadas.
