Pessoas relacionadas às vítimas de Dahmer não responderam contato com produção da série

Ryan Murphy contou como foi processo de pesquisa e contato com pessoas relacionadas às vítimas de Dahmer

Dahmer: Um Canibal Americano (Dahmer – Monster: The Jeffrey Dahmer Story), foi recentemente uma das séries de maior sucesso da Netflix. Mas junto desse sucesso veio diversas polêmicas, principalmente a pessoas próximas às vítimas do serial killer.

A série gerou controvérsias sobre sua precisão, como Evan Peters interpretou o assassino titular, como a representação das vítimas e relatos de parentes da vítima. Ryan Murphy, o criador da série, comentou sobre a alegação de não ter entrado em contato com as famílias das vítimas.

De acordo com o The Hollywood Reporter, Murphy disse que quem participou da produção de Dahmer pesquisou as histórias verdadeiras sobre o assassino em série, que matou 17 pessoas entre 1978 e 1997, em sua maioria homens e gays.

Murphy ainda afirmou que procurou dezenas famílias e amigos das vítimas, mas ninguém respondeu de volta até antes da exibição da série. Murphy relatou:

“É algo que pesquisamos há muito tempo. E nós, ao longo dos três, três anos e meio em que estávamos escrevendo, trabalhando nisso, chegamos a 20, cerca de 20 das famílias e amigos das vítimas tentando obter informações, tentando conversar às pessoas e nem uma única pessoa nos respondeu nesse processo. Então, confiamos muito, muito fortemente em nosso incrível grupo de pesquisadores que… eu nem sei como eles encontraram muitas dessas coisas. Mas foi como um esforço de noite e dia para tentar descobrir a verdade dessas pessoas”.

Como pessoas próximas as vítimas reagiram a Dahmer: Um Canibal Americano

Evan Peters como Jeffrey Dahmer em Dahmer: Um Canibal Americano (Reprodução / Netflix)
Evan Peters como Jeffrey Dahmer em Dahmer: Um Canibal Americano (Reprodução / Netflix)

Eric Perry, primo de Errol Lindsey, uma das vítimas de Jeffrey Dahmer, foi ao Twitter comentar uma das cenas da série. A cena em questão mostra a prima dele no tribunal frente a frente o assassino de seu irmão. Perry escreveu:

“Então, quando eles dizem que estão fazendo isso ‘com respeito às vítimas’ ou ‘honrando a dignidade das famílias’, ninguém os contata. Meus primos acordam a cada poucos meses neste momento com um monte de ligações e mensagens e eles sabem que há outra série de Dahmer. É cruel”.

Segundo o IndieWire, Anne Schwartz, uma das jornalistas que trabalhou na história do serial killer em 1991, disse que a série da Netflix “não é uma representação útil” dos eventos e que “não tem semelhança com os fatos do caso”.

Ryan Murphy se ofereceu para pagar por um memorial para homenagear as vítimas, mas pontuou: “Acho que há alguma resistência porque eles acham que isso atrairia pessoas interessadas em homenagear o macabro…”

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